Gigi Hadid rebate críticas: “Vocês precisam se acalmar, ca**lho”
Fãs da top model, considerada um ícone do street style, têm afirmado que seus visuais não estão tão bons como antigamente
atualizado
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Depois que Gigi Hadid confrontou a youtuber que invadiu o último desfile da Chanel, no início de outubro, todos já deveríamos saber que a modelo não leva desaforo para casa. No entanto, alguns fãs da norte-americana parecem não ter medo do perigo. No início da semana passada, seguidores criticaram um visual no qual ela aparecia com roupas esportivas de sua colaboração com a Reebok. Gigi, mais uma vez, não deixou barato e respondeu à altura.
Vem saber comigo o que ela falou!
Ao lado das Kardashians, as irmãs Hadid são apontadas como as maiores lançadoras de tendência da atualidade. Apenas neste ano, a dupla popularizou os sapatos neon, confirmou a força dos corsets e incluiu as pantufas na moda de rua. Porém, algumas pessoas que acompanham a estrela não andam satisfeitas com seus looks mais recentes.
Na terça-feira da semana passada (05/11/2019), a modelo surgiu nas ruas de Manhattan com blusa listrada coberta por uma puffer jacket, leggings pretas e tênis de zíper.
Embora o visual siga diversas tendências do segmento de athleisure, alguns membros de seu fã-clube não gostaram da produção.
“Ela tem uma beleza natural, entretanto não sei o que aconteceu com o icônico estilo urbano dela”, dizia um tuíte registrado pelo E! News. Em resposta a esse comentário, um segundo perfil concluiu qual seria o motivo do suposto declínio: “O que aconteceu se chama Mimi”, em referência à stylist de Gigi, Mimi Cuttre.
Embora o comentário tenha sido excluído em seguida, Hadid rapidamente rebateu a crítica, lembrando seus seguidores de que não está em uma passarela 24 horas por dia. “Vocês precisam se acalmar, ca**lho. Eu saí para uma atividade cotidiana, não me visto para sua aprovação. Suas expectativas não realistas e reclamações mesquinhas sobre meu estilo ou sobre não ser sexy o suficiente não vão me fazer vestir diferentemente”, retrucou no Twitter.
Incomodada, a top model continuou. “Não estou só falando apenas desse comentário. Vocês todos falam sobre empoderamento feminino. Eu apoio tanto as mulheres que mostram pele quanto aquelas que preferem não mostrar. É sobre ter uma escolha. Eu mostro pele quando quero e ainda me sinto sexy quando estou coberta da cabeça aos pés, e continuarei me sentindo assim. Cansada dos comentários sarcásticos”, afirmou.
Em resposta a outro comentário, também excluído, a beldade esclareceu que não escolhe seus looks pelas grifes. “Eu gosto do que visto e visto por esse motivo. Não é sobre um estilista, é sobre como eu estou escolhendo me expressar. Sua opinião não vai mudar isso. Vão vangloriar pessoas cujo estilo faz sentido para vocês. Paz”, concluiu.
I like what I wear and wear it for that reason. It’s not about a stylist, it’s how I’m choosing to express myself. Your opinion isn’t going to change that. Those of you who feel this way should focus your energy on praising those whose style u love. Peace.
— Gigi Hadid (@GiGiHadid) 6 de novembro de 2019
É bom lembrar aos fãs da estrela que a moda passou por mudanças significativas após o movimento #MeToo. O sex appeal feminino não é mais definido por pele à mostra e silhuetas justas. Hoje, cada mulher encontra em seu próprio estilo a melhor forma de evidenciar aquilo que quer.
Neste cenário, o mercado de roupas esportivas é um dos que mais se expandem no mundo. Apenas neste ano, é esperado que o setor cresça 9%, atingindo US$ 414 bilhões e uma participação de 19,9% nas vendas da indústria têxtil. Em 2014, a fatia do segmento era de 17,6%.
As vendas de calçados esportivos nos EUA, incluindo tênis casuais e sapatos de inspiração atlética, aumentaram 7% nos primeiros oito meses deste ano, de acordo com um estudo do NPD Group. Por outro lado, o consumo de saltos altos caiu 5%.
De olho nesta movimentação, a Prada acaba de anunciar uma parceria com a Adidas, em um feito inédito para a grife. Ainda este ano, as empresas irão lançar dois modelos de tênis que unem o design europeu da casa italiana ao DNA esportivo da gigante alemã.
Uma pesquisa feita recentemente identificou que o número de mulheres que compram bralettes (sutiãs esportivos) aumentou de 38%, em 2015, para 45%, em 2018. “A percepção de que um sutiã é sexy é muito menos importante hoje”, disse o NPD, que conduziu o estudo, ao concluir o trabalho.
As peças push-up ainda representam mais da metade das vendas do segmento de lingeries nos Estados Unidos, mas o primeiro relatório de vendas da Savage X Fenty, da cantora Rihanna, mostra que isso deve mudar nos próximos anos. Desde o lançamento da marca, há um ano, a saída de modelos esportivos corresponde a 42% das compras, enquanto os acessórios com bojo representam apenas 6% do consumo da label.
Se as maiores etiquetas do mundo estão se rendendo ao mercado esportivo, enganam-se os fãs de Gigi Hadid ao julgarem a estrela por desfilar uma produção athleisure nas ruas de Nova York.
Colaborou Danillo Costa