O mundo da moda está marcado por vários protestos. Juntos, eles revelam um grande anseio das mulheres por maior liberdade. Modelos e fashionistas estão expondo os mamilos, andando descalço nos tapetes vermelhos, saindo sem maquiagem e deixando de raspar os pelos nas axilas. Todas essas manifestações fazem parte de um movimento que tenta, por meio da moda, quebrar estereótipos e padrões impostos ao sexo feminino.

Vem comigo saber mais!

 

#FreeTheNipple
A iniciativa surgiu em 2012 durante a produção do filme Free the Nipple. A cineasta Lina Esco iniciou o movimento ao filmar um documentário em que corria de topless pelas ruas de Nova York. A ideia de garantir às mulheres a opção de exibir os mamilos, sem pudores, logo espalhou-se por outras cidades. Em seguida, em 2014, celebs como Miley Cyrus, Lena Dunham, Chelsea Handler e Rihanna postaram fotos com os seios à mostra.

Os participantes do protesto questionam: por que os homens podem e as mulheres não? Eles entendem que essa diferença é injusta e fazer topless deve ser aceito tanto legalmente quanto culturalmente.

Várias celebridades fashionistas, como Kendall Jenner, Bella Hadid, Cara Delevigne, Stella Maxwell aderiram à ideia e têm aparecido em grandes eventos com mamilos completamente expostos.

 

 

 

 

#NoMakeup:
O movimento já é tendência. Meghan Markle, a duquesa de Sussex, por exemplo, casou-se com o príncipe Harry usando pouquíssima maquiagem. E foi, inclusive, criticada por isso.

O movimento começou quando a americana Alicia Keys declarou que estava cansada de pintar o rosto ao sair de casa. Por isso, parou de usar maquiagem em junho de 2016 enquanto participava semanalmente do programa de TV The Voice.

No entanto, a cantora causou polêmica quando voltou atrás e apareceu maquiada na capa de uma revista em janeiro de 2017. Ela defendeu-se ao afirmar que não queria ser escrava da própria escolha. E Alicia Keys tem toda razão.

A cantora Alessia Cara e a atriz vencedora do Oscar 2018 Frances McDormand também são adeptas do movimento “sem maquiagem”. A atriz Amanda Seyfried e a top brasileira Gisele Bündchen costumam aparecer com o rosto lavado e totalmente despreocupadas.

Sem falar em Jennifer Lawrence que, antes ainda da tendência, ousou em 2013 ao aparecer com rosto limpo na premiere do filme The Great Gatsby. O assunto foi bastante comentado na época. Ela chegou inclusive a estrelar uma campanha de inverno 2014/2015 para a Dior com o rosto ao natural.

 

 

 

 

 

 

 

 

No Heels
Kristen Stewart é conhecida por evitar salto alto nos eventos que frequenta. No tapete vermelho de Cannes, no entanto, a peça era parte obrigatória do dress-code feminino. Como protesto, ela tirou o par de Louboutin que calçava e subiu, descalça, as escadarias do evento. “Se homens não são obrigados a usar vestido e salto alto, por que eu deveria?”, disse. Go, Kirsten!

 

Pelos nas axilas
Miley Cyrus sempre advogou a favor da liberdade dos pelos femininos. A cantora e atriz já publicou várias fotos nas redes sociais exibindo a axila e a região íntima sem depilação. Em 2015, usando um tomara que caia da Moschino, chamou atenção ao subir no palco do baile de gala da amFar com as axilas peludas.

Muito antes de Miley, Madonna já causava bastante. Em meados dos anos 1980, a eterna rainha do pop protagonizou um ensaio fotográfico onde exibia as axilas e a região íntima peludas. Ela continuou a difundir a ideia em trabalhos futuros. Hoje, quem carrega a mesma pose badass da mãe é Lourdes Maria Ciccone Leon. A modelo, de 21 anos, posou para uma campanha da Converse, em colaboração com o projeto MadeMe, e exibiu no ensaio as axilas cabeludas.

 

 

 

 

 

 

Nós mulheres estamos sempre lutando por nossos direitos e isso inclui a escolha de como nos vestir. O próprio uso da calça comprida no início do século 20 foi uma conquista. Afinal, na época, grande parte dos homens estava lutando na Primeira Guerra Mundial e elas se adaptaram ao vestuário para cumprir funções tradicionalmente masculinas.

Aos poucos, pequenas amarras foram deixando de existir. A minissaia surgiu, o smoking feminino, entre outras conquistas históricas que nos ajudam até hoje. Enquanto ainda passamos por muitas limitações socialmente impostas, vemos um grupo cada vez maior unir forças e garantir que não deixemos nunca de quebrar as barreiras.

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Colaborou Hebert Madeira