Estilista e príncipe árabe, Khalid Al Qasimi morre aos 39 anos
Ele era formado em design de moda pela Central Saint Martins e apresentou sua última coleção há cerca de três semanas no London Fashion Week
atualizado
Compartilhar notícia
O príncipe Khalid Al Qasimi morreu aos 39 anos, em Londres. A informação foi divulgada nessa terça-feira (02/07/19). A causa do óbito segue sob investigação. Ele era o segundo filho de um xeique dos Emirados Árabes Unidos. Estilista, ele havia se apresentado na Semana de Moda de Londres em junho deste ano.
Formado em arquitetura e também em design de moda pela Central Saint Martins, Khalid criou a marca Qasimi, em 2016, com foco no público masculino. A primeira coleção dele foi exibida em 2008.
O estilista já havia participado de semanas de moda renomadas, como a de Paris e a de Londres. Há três semanas, apresentou peças para a temporada de primavera/verão 2020 de menswear no London Fashion Week.
Em nota oficial, divulgada no site e nas redes sociais da Qasimi, a marca lamentou a perda. “É com grande tristeza que informamos que Khalid Al Qasimi faleceu de forma inesperada no dia 1º de julho”, diz trecho do comunicado. “O mundo do design perdeu um grande filósofo e artista”, completa.
Ver essa foto no Instagram
A CEO do Conselho Britânico de Moda, Caroline Rush, manifestou-se sobre o falecimento. “Khalid Qasimi era um jovem talentoso, suas coleções eram modernas, elegantes e inovadoras. Nossos sentimentos estão com sua família, amigos e colegas”, disse ao WWD.
Os Emirados Árabes Unidos decretaram três dias de luto. Durante o período, bandeiras a meio mastro ficarão erguidas em razão da morte do príncipe. “O presidente, sua Alteza xeique Khalifa bin Zayed Al Nahyan, lamenta, com pesar e tristeza, a morte do xeique Khalid bin Sultan Al Qasimi, o filho do governante de Sharjah. E reza a Allah para que sua alma descanse em paz e conceda paciência e consolo à família”, assinalou o governo, em comunicado.
As criações de Khalid eram descoladas e únicas. Com um DNA street e sofisticado, a Qasimi tinha roupas causais e de alfaiataria. O estilista brincava com tecidos, texturas e cores. Ele também era conhecido pelo engamento político na defesa dos direitos humanos e questões sociais ligadas ao Oriente Médio.
Colaborou Rebeca Ligabue