Eleições nos EUA: veja marcas de moda que incentivam a população a votar
Confira iniciativas de 10 empresas que estão engajadas para garantir que a população exerça o direito ao voto em novembro
atualizado
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Diversas marcas e lojas de moda dos Estados Unidos estão se mobilizando para incentivar que a população vote nas eleições deste ano, marcadas para o dia 3 de novembro. Por lá, vale destacar, o voto não é obrigatório. Neste ano, a expectativa é que ainda menos pessoas votem por causa da pandemia.
As formas que as empresas do segmento fashion têm encontrado para incentivar o registro eleitoral tem sido as mais variadas. Vão desde campanhas, peças de roupa e acessórios com a palavra “Vote” – como fez Michael Kors – até parcerias com associações que ajudam as pessoas a se registrarem. A coluna selecionou uma lista com 10 ações que marcas e lojas de moda estão promovendo para estimular a participação dos norte-americanos. Vem comigo!
Saks Fitfh Avenue
Em uma ação que pode ser uma das mais icônicas, a Saks Fifth Avenue transformou suas vitrines – um símbolo para a cena fashion de Nova York – em um grande apelo com a palavra “Vote”. “Hoje, somos lembrados dos profundos sacrifícios feitos para nos dar o direito de votar e fazer nossas vozes serem ouvidas”, diz uma frase em uma das vitrines. Os displays ficarão assim até o dia 9 de outubro, quando encerram os prazos para registro no estado de Nova York.
Além disso, nas lojas da Saks, os clientes poderão se registrar para votar, conferir o status do registro, tirar dúvidas a respeito do processo e imprimir os pedidos de votos ausentes, também disponíveis no site da empresa. Especialistas da HeadCount ajudarão os consumidores nessa missão.
Bode
A marca de roupas masculina Bode se uniu à associação When We All Vote e acrescentou uma barra para o registro do voto no guia de navegação do site. Além disso, treinou os funcionários de sua flagship, em Manhattan.
A ideia é que eles possam dar instruções sobre como os eleitores podem se registrar para votar pelo site da organização, conforme explicou a estilista Emily Adams Bode ao site Fashionista.
Tory Burch
No início de setembro, a designer Tory Burch anunciou que dará um dia de folga remunerada para os funcionários que se candidatarem como funcionários eleitorais. A grife quer evitar que ocorra uma escassez desses funcionários no dia da eleição, em novembro. “Voluntários essenciais que trabalham nas seções eleitorais no dia da eleição, emitindo cédulas para eleitores registrados, monitorando o equipamento de votação, explicando como votar ou contando os votos”, publicou a marca no Instagram.
Por causa da pandemia, o número de pessoas para exercer a função será menor, o que provocará filas longas e “ameaçará a capacidade dos cidadãos de exercer seu direito de voto”, como explica a label. Como garantia de que todos os funcionários da marca poderão exercer o direito, as lojas e escritórios corporativos da grife nos EUA fecharão às 15h do dia 3 de novembro.
A empresa divulgou, ainda, um link com informações para quem quiser se voluntariar para trabalhar nas eleições. “A democracia requer participação e queremos ter certeza de que cada um de nós pode desempenhar seu papel”, incentivou a grife Tory Burch.
Banana Republic
A Banana Republic se uniu à organização Rock The Vote com o objetivo de oferecer ferramentas educacionais para que os clientes estejam preparados para as eleições. De quebra, criou uma máscara com a frase “Vote for a Better Republic”, que significa “Vote por uma república melhor”.
Gap
A Gap fez duas doações, de US$ 25 mil cada uma, para as iniciativas When We All Vote e Rock the Vote. Também lançou camisetas e máscaras com as palavras Stand United e Vote, como parte de uma coleção de edição limitada, em parceria com a artista Stephenie Factor. Ela faz parte do African American Networking Group da Gap Inc., empresa que detém a varejista de moda. Com as ações, a marca espera ajudar a acabar com a diferença de raça e idade nas urnas.
Levi’s
A Levi’s criou camisetas e moletons para incentivar o voto, mas foi muito além disso. A marca está bem engajada nesse sentido: criou um hotsite, em parceria com a Rock The Vote, com informações sobre tudo que é necessário para votar e como a pandemia de Covid-19 afeta as eleições deste ano em cada estado. Pelo mesmo link, é possível se cadastrar para votar, verificar o status do registro e enviar um lembrete para outras pessoas, para “triplicar” seu próprio voto.
Por iniciativa da modelo Hailey Bieber e da cineasta Oge Egbuonu, a marca também lançou um vídeo para incentivar que 70 milhões de jovens aptos a votar vão às urnas nestas eleições. “Esta eleição para mim é a mais importante na minha vida e agora estou na idade em que realmente entendo o impacto que minha geração e a próxima têm”, comentou Bieber sobre a iniciativa, que também inclui personalidades como Jaden Smith e Miguel. “Minha esperança com esta chamada à ação é que ela incentive, eduque e inspire esta próxima geração a votar em novembro e entender por que é importante”, continuou, em comunicado.
Prabal Gurung
Prabal Gurung, que é nepalês-americano, ganhou o direito de votar em 2016. Desde então, diz que nunca deixou de votar em nenhuma das eleições. O estilista lançou uma camiseta com a palavra “Vote”, com 15% da receita destinada à organização When We All Vote.
“Todos nós temos a capacidade de criar mudanças e progresso ao comparecer para votar e fazer nossas vozes serem ouvidas. Espero que esta iniciativa não apenas espalhe a consciência sobre a votação, mas lembre que todos são importantes e que suas vozes são importantes”, afirmou o designer ao WWD.
Patagonia
Conhecida pelo ativismo social e por vender agasalhos, a Patagonia deixou uma mensagem bem explícita nas etiquetas de sua linha de bermudas agênero Regenerative Organic Stand-Up. O detalhe, que viralizou no Twitter, diz: “Vote the assholes out”, ou “Vote os babacas para fora”, em tradução livre.
Esses shorts são fabricados desde 1973, informou a empresa à CNN Business. “Temos enfrentado os negacionistas do clima há quase tanto tempo quanto fazemos aqueles shorts”, afirmou o porta-voz Corley Kenna. Segundo ele, a frase se refere a esses políticos
Assim como outras marcas têm feito, o site da Patagonia redireciona para informações úteis sobre as eleições, em parceria com a instituição não-partidária Ballot Ready. “Precisamos eleger líderes climáticos. As disputas pelo Senado dos EUA em 2020 terão um impacto significativo e duradouro na força das políticas climáticas de nosso país e na existência de nossos lugares selvagens”, informa um banner da página dedicada ao tema. Como fez em 2016 e 2018, a marca fechará suas lojas, centros de distribuição e a sede no dia do pleito neste ano.
American Eagle
A varejista de roupas e lifestyle American Eagle lançou uma camiseta customizável com a frase “This is our time to”, ou “Esta é a nossa vez de…”. O dinheiro das vendas é todo destinado para a instituição HeadCount, que conscientiza jovens sobre o poder do voto por meio da música.
A organização é apartidária e os ajuda a fazerem o registro para votar. A empresa de vestuário também disponibilizou um espaço para que os clientes possam se registrar e se cadastrar para receberem informações.
Coach
A Coach defende que as pessoas tenham informações e acesso ao que é necessário para votar. Por isso, criou a campanha #CoachTheVote, em parceria com a organização More Than a Vote, que tem objetivo de incentivar, educar e proteger o voto de negros e latinos nos Estados Unidos. Para trazer ainda mais força na conscientização pelo voto, convidou Michael B. Jordan, Jennifer Lopez e Megan Thee Stallion para fazerem vídeos de incentivo.
“Votar é como você garante que aqueles que o representam o representem de fato”, afirmou J.Lo. “Escutem, gatas. Você precisa votar este ano. E vocês precisam dizer aos amigos para votarem também. E o primeiro passo para votar é se registrar, ok? Então levante-se, vá se registrar”, comunicou Thee Stallion.
Apesar de os holofotes estarem todos voltados para as eleições de presidente e vice-presidente dos EUA, devido à influência do cargo no resto do mundo, outras funções estão em jogo nesta eleição, a exemplo dos senadores e deputados. Nos Estados Unidos, somente pessoas com 18 anos ou mais podem votar, e a votação pode ser presencial, no dia da eleição, ou pelo correio. Vale destacar que o voto para o presidente é indireto. O vencedor é escolhido pelos delegados do chamado Colégio Eleitoral.
Colaborou Hebert Madeira