Deh Martini ensina como as cores podem valorizar seu estilo
Saiba como funciona a técnica do colorismo e quais são os principais tipos de combinações de tons
atualizado
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Sabe aquela cor que você automaticamente passa a receber mais elogios após usar? Isso tem uma explicação: as cores têm força física e psicológica. A tonalidade de uma peça de roupa, acessório ou maquiagem pode valorizar (ou não) a coloração da pele.
Segundo a Teoria das Cores, com a escolha mais adequada é possível iluminar o rosto e os olhos, além de disfarçar marcas de expressão, olheiras e até palidez. Especialista em colorismo, Deh Martini destaca que cada nuance age de um jeito específico na pele de cada pessoa.
“Não existe cor desprovida de sentimento. Elas causam um efeito físico na pessoa, absorvendo a luz e rebatendo. Quando rebatem, agem no tom de pele”, explica.
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O objetivo da técnica é fazer as clientes enxergarem as cores de forma diferente. No curso, a consultora usa recursos como teste de cores e uma cartela de harmonia pessoal para descobrir os tons que mais se adequam a cada pessoa.
“É para elas entenderem e desbloquearem o preconceito com a cor. Não adianta nada dar a cartela para a pessoa se ela não souber utilizar. Quero que ela use e ouse”, destaca Deh.
Cada cartela pessoal tem três componentes: temperatura, profundidade e intensidade. Cada um deles tem variações: a temperatura pode ser quente ou fria; a profundidade divide-se em clara ou escura; já a intensidade é opaca ou forte.
“Normalmente, as pessoas pensam só no gosto pela cor, não nos tons relacionados a si mesmas. Com o colorismo, a gente analisa o que fica melhor em cada pessoa, utilizando tecidos próprios para isso”, esclarece Deh Martini.
No entanto, não há limitação. Se a pessoa gosta muito de preto e a cor não está na cartela, o indicado é que use outros tons para suavizar o tom na maquiagem, em outras peças e em acessórios.
“É um caminho que eu dou, um caminho do sucesso. Isso serve para que a pessoa tenha autoconhecimento para escolher quando estiver na dúvida”, destaca a especialista. “Não acho que a gente tenha de seguir só a cartela. Não existe ‘não pode’”, completa.
A servidora pública Bruna Ribeiro procurou o curso porque sentia vontade de conseguir ousar mais nas combinações. “Descobri que minha cartela tem cores escuras, quentes e opacas, das quais eu sempre gostei, como o roxo-uva. Também me surpreendi com a presença de tons de amarelo, como o mostarda. Vou até tentar usar”, explica. “Saber o que me favorece é muito legal”, conclui.
Depois de descobrir a paleta de cores que a favorece, cada pessoa pode mesclar tons com outros que caem bem. Existem algumas combinações consideradas curingas.
Vale destacar que não existe cor neutra para todo mundo. Tons considerados sóbrios, como preto, cinza e branco, também agem de formas diferentes em cada pele.
Combinação complementar
É a mistura de cores que estão opostas entre si no círculo cromático.
Exemplos: verde e rosa; amarelo e roxo
Combinação análoga
As cores análogas são aquelas que estão vizinhas dentro do círculo cromático.
Exemplo: rosa, vermelho e laranja
Combinação tríade
A combinação tríade é feita com três cores equidistantes no círculo cromático.
Exemplos: amarelo, vermelho e azul; amarelo, azul e rosa
Sobre a consultora
Nascida em Campinas (SP), Deh Martini é formada em negócios de moda e consultoria de imagem. Atua na área há 12 anos e acumula experiências em grifes nacionais, como Carina Duek, Cris Barros e Lilly Sarti. Atualmente, trabalha como personal stylist e também ministra cursos de imagem pessoal.
O contato com o colorismo começou na faculdade de moda. “Quando descobri as minhas cores, entendi que eu podia comprar o que já gostava de forma intuitiva, mas não o fazia porque tinha medo e sempre questionava o olhar do outro. Às vezes, a gente leva muito isso em conta: a opinião de alguém próximo, a cor do ano, a liquidação”, explica.
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Colaborou Rebeca Ligabue