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Coronavírus: marcas de luxo doam bilhões de dólares pela causa

Etiquetas e grandes grupos da moda fizeram doações para a Cruz Vermelha chinesa

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Coronavírus: marcas de luxo doam bilhões de dólares pela causa
1 de 1 Coronavírus: marcas de luxo doam bilhões de dólares pela causa - Foto: Kevin Frayer/Getty Images

A epidemia do coronavírus tem assustado o mundo com dados alarmantes desde o começo de janeiro. A Organização Mundial da Saúde confirmou, nessa quinta-feira (30/01/2020), que 7.711 mil pessoas estão contaminadas e 170 já morreram infectadas pela doença respiratória. 

Identificado inicialmente na China, o micro-organismo atingiu proporções globais. Contaminações já foram confirmadas em outros 15 países. Por isso, organizações locais, somadas a grandes grupos e nomes da moda, se comoveram e fizeram doações para ajudar na causa. 

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Imagem do coronavírus registrada em microscópio
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O vírus surgiu na China e ataca o sistema respiratório

 

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População andando nas ruas com máscaras para evitar a contaminação

 

Enquanto os pesquisadores estão trabalhando duro para descobrir como o vírus evolui e se dissemina, grandes holdings especializadas em artigos de luxo fizeram doações à Cruz Vermelha chinesa. A companhia Swarovski, por exemplo, contribuiu com quase meio milhão de dólares.

Para ajudar o governo local e organizações de caridade a combater a doença, o LVMH, nome por trás de grifes como Louis Vuitton, Fendi e Dior, destinou US$ 2,3 milhões.

O grupo concorrente Kering colaborou com mais de US$ 1 milhão. Vale ressaltar que o conglomerado ficou em segundo lugar como o mais sustentável no Corporate Knights’ 2019 Global 100 Index. 

Juntas, várias marcas do grupo francês reuniram o montante. São elas: Gucci, Bottega Veneta, Balenciaga, Yves Saint Laurent, Alexander McQueen e Stella McCartney, entre outras. 

“Nossos pensamentos estão com os muitos contaminados pelo novo surto de coronavírus e, portanto, decidimos doar os fundos como uma contribuição imediata para ajudar”

François-Henri Pinault, CEO da Kering em entrevista ao WWD.
Divulgação/Dior
Recentemente, a Dior, parte do LVMH, lançou coleção-cápsula para celebrar o Ano-Novo chinês

 

Reprodução/Harmony Korine
A italiana Gucci, uma das labels do grupo Kering, não ficou de fora e desenvolveu acessórios para o ano do rato

As empresas chinesas não ficaram de fora. A marca esportiva Anta e o gigante Alibaba foram além da ajuda financeira e colaboraram com suprimentos.  

A união das empresas também tem a ver com o impacto que o coronavírus causa na economia mundial e no mercado de luxo, já que o mercado de ações global começou a ser impactado. Os valores das ações para investir nas principais holdings de luxo foram afetados e sofreram desvalorização ao decorrer da semana.

Em Paris, as ações do LVMH caíram 3,54% e estão valendo 401,55 euros. A francesa Hermès também sentiu diminuição de 4,61%, o equivalente a 678,20 euros, enquanto as ações da L’Oréal desceram 4,25%, chegando a valer 259 euros.  

Vale destacar que, em 2019, a China deixou os Estados Unidos para trás e ocupou o posto como a maior investidora no mercado de luxo da moda. Os clientes chineses passaram a ser responsáveis por dois terços das vendas de produtos luxuosos, de acordo com relatório publicado pela Financial Times

As expectativas para as vendas das coleções temáticas para o Ano-Novo chinês estavam altas até Pequim cancelar, em 23 de janeiro, as festividades para celebrar a chegada do novo ciclo lunar. O mercado de moda vê as vendas dos artigos de luxo afetadas com a epidemia.

Divulgação/Dior
Peça da coleção da Dior para o Ano-Novo chinês

 

Reprodução/Harmony Korine
Relógios da Gucci foram adornados com Mickey Mouse
Entenda

O vírus se propaga pelo ar e foi identificado pela primeira vez na cidade chinesa Wuhan. Já chegou a países como Japão, Tailândia, Malásia, Cingapura, Austrália, Estados Unidos, França, Alemanha, Coreia do Sul, Canadá, Vietnã, Camboja, Nepal, Sri Lanka e Emirados Árabes. No Brasil, há apenas suspeitas.

A doença está se espalhando com facilidade por meio de infecção respiratória em humanos. Com o objetivo de controlar a epidemia, diversos países decidiram limitar viagens internacionais. Controles mais rígidos também foram colocados em ação para tentar conter a propagação do vírus.

Lucrezia Carnelos/Unsplash
Chineses transitam com máscaras pelas ruas da cidade

 

Stringer/Anadolu Agency/Getty Images
Medidas foram adotadas nos aeroportos

 

Stringer/Anadolu Agency/Getty Images
Aeroporto lotado após voos serem cancelados

 

A economia da China também começou a sofrer consequências. Por conta de alterações logísticas, há dificuldade na entrada e saída de mercadorias. 

Não é a primeira vez que o mercado chinês é atingido. Em 2003, o surto da Sars alarmou o país. No total, 774 pessoas morreram.  

 

Colaborou Sabrina Pessoa    

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