Conselho de Moda Britânico lança instituto para práticas sustentáveis
A organização vai auxiliar marcas que querem adotar medidas em prol do meio ambiente e, também, incentivar a participação do público
atualizado
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Não há dúvidas de que a sustentabilidade é um caminho necessário e urgente para a indústria da moda. O Conselho de Moda Britânico já entendeu o recado e, aos poucos, adota iniciativas que fazem a diferença. A mais recente foi a criação do Instituto da Moda Positiva, que reunirá vários programas e ações em prol do meio ambiente. A novidade foi anunciada nessa segunda-feira (09/09/2019), poucos dias antes do início de mais um London Fashion Week.
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Inicialmente, o Institute of Positive Fashion será mantido com recursos do Positive Fashion Committee, lançado há cerca de cinco anos. O antigo conselho já era apoiado por empresas como Burberry, Vivienne Westwood, Swarovski, Farfetch, Selfridges e Jimmy Choo.
A nova organização engloba pilares estratégicos, com foco na ética sustentável, que se concentra na governança social, ambiental e empresarial para impulsionar o futuro da moda mais ecológica. O objetivo é proporcionar um exemplo para a indústria em geral.
“Há uma necessidade urgente de coalizão em todo o setor para ajudar a estabelecer novos padrões, abraçar a inovação e desenvolver a necessidade de os líderes criarem negócios conscientes e orientados para o futuro, e de fazer mudanças positivas”, explicou o Conselho de Moda Britânico em comunicado.
O Instituto da Moda Positiva auxiliará as marcas na adoção de práticas sustentáveis, reunindo conhecimentos de diferentes áreas. Entre as metas, estão a redução da poluição, gestão química, eficiência energética e hídrica, assim como o incentivo ao uso de materiais biodegradáveis e à reciclagem.
Recursos diversos serão aplicados para que as labels acompanhem a própria evolução. Relatórios oficiais e cases de negócios baseados em evidências serão gerados e publicados periodicamente, por exemplo.
Além de agregar empresas e partes interessadas, a ideia é alavancar plataformas globais, como a Semana de Moda de Londres e o The Fashion Awards. Por meio de campanhas educativas, a iniciativa vai alcançar um amplo público.
Entre as estratégias, também está a priorização de ações pet friendly. Vale lembrar que, no ano passado, o British Fashion Council desincentivou o uso de pele. Desde então, de forma geral, o London Fashion Week não tem peças de origem animal.
Uma das referências nesse sentido é a estilista britânica Stella McCartney, que fará parte do calendário oficial da Semana de Moda de Paris nesta temporada.
Recentemente, ela convocou colegas do ramo para endossarem um tratado que visa à implementação de medidas sustentáveis na indústria têxtil. O documento será apresentado durante a 24ª Convenção das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas, realizada na Polônia, em dezembro.
O Institute of Positive Fashion também se concentrará em ações em prol de mais igualdade e diversidade no mercado. Para completar, vai apoiar o artesanato, condições justas de trabalho e a produção local.
Colaborou Rebeca Ligabue