Conheça o tricô diferenciado da marca mineira GIG Couture
A grife de Gina Guerra e Patrícia Schettino trouxe a coleção Inverno 2019 para a multimarcas Wish
atualizado
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O trabalho tecnológico com tricô é o grande diferencial da marca GIG Couture. Sob o comando da estilista Gina Guerra e da empresária Patrícia Schettino, a grife nasceu no ano de 2005, em Belo Horizonte (MG). No entanto, o primeiro lançamento aconteceu em Paris, antes mesmo da estreia nos eventos do Brasil. Desde então, faz sucesso dentro e fora do país, além de já ter desfilado várias vezes no São Paulo Fashion Week.
A coluna conversou com Gina durante uma passagem da dupla na programação de Dia das Mães da multimarcas Wish. Foi o terceiro encontro do Wish Deeper (07/05/2019), evento organizado pela loja de Cátia Gonçalves e Helena Bittencourt.
Nessa primeira edição da iniciativa, as empresárias convidaram palestrantes para falar sobre autoconhecimento, além de alguns lançamentos. Para a ocasião, com palestra de Janaína Ortiga, a GIG Couture apresentou peças da coleção Inverno 2019.
Vem comigo!
Gina conta que os tecidos da GIG Couture são construídos com vários fios e tramas. “Sou extremamente perfeccionista. Queria uma roupa 100% perfeita, em que o fio fizesse o tecido. Por isso, nunca me prendi a fazer o básico no tricô”, admite. Outro detalhe é o desapego às tendências e temporadas tradicionais de moda, embora a marca trabalhe com duas grandes coleções por ano.
“É uma possibilidade infinita e podemos fazer o que quisermos. Uma roupa mais firminha, justa, mais solta, plissado, já fizemos alfaiataria tricô, beachwear. Não nos limitamos nem um pouco ao fato de ser linha. Não tem aquela história de blusa da vovó, falamos que é um artesanato tecnológico”, comenta.
Apesar de as roupas serem produzidas por um maquinário, Gina diz que o processo é artesanal, pois as peças passam pelas mãos de várias pessoas. “Nossa produção não é em escala. Desde que começamos, optamos por não fazer essa moda fast fashion. É isso que tentamos passar com o produto, que a cliente está pagando um pouco mais, mas por uma moda premium”, acrescenta. Antes da GIG, a designer trabalhou por sete anos com marcas como Alphorria.
Confira o bate-papo com a estilista:
Pode contar como surgiu a ideia de criar a GIG Couture?
É uma marca mineira, tem 15 anos, mas a empresa existe há 20. Estudei sete anos como poderia ser feito o tricô, porque são muitos fios, várias tramas. A GIG tem uma bagagem internacional desde o início, em 2005. Conhecemos uma americana, ela fazia a Los Angeles Fashion Week. Fizemos uma coleção para ela. Vestimos Christina Aguilera, Jennifer Lopez, várias celebridades. Todas as revistas divulgaram o nosso trabalho. Em seguida, depois dessa coleção, fomos a Paris lançar nossa linha de summer wear. Começamos nossa trajetória: fizemos eventos no Brasil, atendemos as melhores lojistas, para assim conquistarmos o exterior e aqui.
Como você define o diferencial da grife no mercado?
A GIG é uma marca de DNA muito forte. Como exportamos, estamos com uma coleção praticamente dez meses à frente. Fazemos uma moda clássica, sofisticada, criativa e atemporal. Sempre antecipamos cores, alguns pontos. Como fazemos nosso próprio tecido, temos essa possibilidade. A cliente compra e usa três, quatro anos, tranquilamente, ou mais. A roupa não deforma e ela está sempre bem ao vestir.
Como funciona o trabalho da marca com o tricô? Pode explicar o processo?
Trabalhamos basicamente com fios, não temos uma matéria-prima de tecidos na empresa. Dos fios, fazemos nosso próprio tecido, que é uma coisa muito exclusiva, o grande ápice do tricô. Todos os vestidos, blusas e saias que a cliente comprar, são exclusivamente nossos. [Também] não é estampa, é um design que vai para um software específico para nossas máquinas, que são japonesas. A partir do fio, temos o desenvolvimento das estampas tecidas, das cores, texturas e shapes.
Como é a divisão do trabalho entre você e a Patrícia?
Ela cuida do administrativo e do financeiro e eu cuido da parte de produção e design. Sou estilista da marca desde quando começou. A GIG nasceu de mim. A Pat tem uma bagagem enorme, porque ela veio do mercado internacional. Quando nos conhecemos e viramos sócias, ela perguntou: “Podemos fazer uma moda para vender no exterior?”. Desde então, fomos marca premium no setor internacional, chegamos a exportar 50% da nossa produção. Fomos exclusivas da Intermix, de Nova York (EUA), por cinco anos, eram 32 lojas. Já vestimos Paris Hilton, várias celebridades. A GIG construiu a base dela em cima disso e nunca deixamos de trabalhar no exterior.
Vocês seguem as temporadas?
Trabalhamos com duas coleções por ano, inverno e verão. O mercado está mudando muito rápido em todos os sentidos, em função da tecnologia e das mídias digitais. Temos pensado em fazer pequenas coleções-cápsula, vamos fazer uma linha de Resort incrível. Como começamos com beachwear, queremos fazer uma coleção bem bacana, para lançar em agosto. É fundamental manter o mesmo DNA ao longo desses anos. Da primeira coleção até hoje, melhoramos os produtos, mas a característica é uma só.
Como você descreve a coleção que chegou à Wish?
Estamos trazendo nosso inverno, que é uma pegada de quando a grife começou, é um estilo bem art déco, vintage. Adoro viajar para brechós do mundo inteiro, ver essa experiência, porque tudo se recicla. A originalidade daquela peça e saber que tinha um formato de costura, que é o que existia na época, e transformar isso hoje com toda a tecnologia que temos. A base [da coleção] é toda preta e o [fio de] lurex é o carro-chefe. Preto com dourado, rosa com dourado… Tem esse azul-real, que eu adoro, lurex vermelho e branco, adoro essa pegada meio esporte.
A GIG fez quantas edições do São Paulo Fashion Week? Pretendem voltar a apresentar as coleções na passarela?
Seis edições. Acho que temos que ver um novo formato. Muitas coisas estão mudando e precisamos ter prioridades. Desfilar sempre foi uma coisa bacana, principalmente para a GIG, que sempre ficou entre os 10 melhores desfiles do Worth Global Style Network. É legal, porque temos condições de mostrar exatamente o nosso DNA, apesar de fazermos os desfiles comerciais. Independentemente disso, é óbvio que os looks ficam mais elaborados para a passarela. É algo que pensamos em retomar e vamos ver como vai funcionar.
Veja mais imagens na galeria:
Como todas as vendas e o marketing da marca são concentrados em São Paulo, a fábrica foi transferida em agosto de 2018 para o sul de Minas, município de Jacutinga, a 200 quilômetros da capital paulista. Antes, a produção ficava em Belo Horizonte. Gina divide o tempo entre a confecção e a loja da marca, no Jardim Paulista, na rua Peixoto Gomide.
Wish Basics
Dentro da programação do Wish Deeper, a multimarcas também lançou peças da linha própria Wish Basics. Elas são práticas e foram desenvolvidas para as clientes combinarem com as demais opções à venda na loja. Confira:
Onde encontrar GIG em Brasília:
SHIS QI 5, Bloco C, Shopping Gilberto Salomão
Lago Sul, Brasília – DF
(61) 3365-4335 / 99664-1951
@wishbrasilia
Colaborou Hebert Madeira