Cinco nomes da moda que vale a pena conhecer no Dia da Fotografia
Petra Collins, Annie Leibovitz e Mert & Marcus são alguns nomes que arrasam ao unir esses dois universos
atualizado
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Na indústria da moda, não basta criar. Divulgar é também crucial, e aí entra o trabalho artístico do fotógrafo: a luz, a sombra, o ângulo, o conceito e, principalmente, aquele olhar singular que faz de imagens comuns algo extraordinário.
Por de trás das lentes, esses artistas transformam campanhas publicitárias e capas de revistas em algo que vai além da moda. O conceito é de pura arte e, por isso, comemora-se neste domingo (19/8) o Dia Mundial da Fotografia. Aproveito para compartilhar um pouco do trabalho desses profissionais que passam tanto tempo nos bastidores e raramente aparecem.
Na contemporaneidade, os nomes que mais se destacam são Petra Collins, Annie Leibovitz e Tim Walker.
Quer saber mais? Então, vem comigo!
Petra Collins
Petra Collins é, atualmente, a queridinha da Gucci. Fotógrafa e diretora de arte, a canadense tem apenas 25 anos e já acumula no currículo trabalhos para grandes publicações de moda, como Elle, Vice e Vogue. O olhar único por trás de câmeras analógicas permite que a artista registre imagens coloridas com forte pegada retrô. Abusa da luz natural e adota a pauta feminista como norte de seu estilo.
Produziu diversas campanhas com artistas pop e marcas renomadas. Entre elas, Bulgari, Adidas, Vans, Calvin Klein e Nordstrom.
Já gravou videoclipes e fez um curta-metragem de terror, para a estreia do InstagramTV, chamado A Love Story, com a cantora e atriz Selena Gomez.
Ela arrasa!
Ellen Von Unwerth
Aos 64 anos, a alemã Ellen traz vida e descontração às suas fotos. Explora o lado femme fatale e lúdico da mulher. Fotografou Eva Green, Britney Spears, Christina Aguilera, Kate Moss e Lana Del Rey – essas modelos foram apelidadas, pela artista, de “minhas garotas”.
A estética prioriza tons brancos, um contraste forte (principalmente nas imagens em preto e branco), saturação carregada e, quase sempre, um toque de vermelho. Vanity Fair, Vogue e Interview são algumas das várias capas que fez ao longo da brilhante carreira.
Em março de 2018, Ellen ganhou uma exposição em São Paulo com highlights da carreira.
Annie Leibovitz
O olhar artístico e espontâneo de Anne foi responsável pelo sucesso da fotógrafa nos anos 1970. Ficou conhecida por retratar os bastidores do universo rocker quando trabalhava na revista Rolling Stone. Foram 10 anos de pareceria com a revista.
Nesse período, John Lennon, Patti Smith, Bob Dylan, Mick Jagger e muitos outros ícones posaram para Annie.
Os registros da fotógrafa americana de 68 anos carregam um ar tão detalhista e majestoso que se assemelham a pinturas. Ela fez verdadeiras obras de arte nos trabalhos com Gisele Bündchen, Adele, Katy Perry e outras celebs.
Tim Walker
Tim prefere uma abordagem minimalista, sempre carregada de um quê poético. As produções, geralmente delicadas, contam histórias e acionam a nossa imaginação.
Nas imagens, flores, escadas, frutas, jornais e outros elementos se convergem com os rostos e corpos fotografados. Entre os modelos famosos, Madonna, Keira Knightley e Emma Stone.
Tim fotografou para grifes como Mulberry, Givenchy e nas revistas W e i-D. O artista é bastante conhecido pelo trabalho de vários anos nos arquivos da Vogue britânica.
Mert Alas & Marcus Pigott
Por último, a consagrada dupla de fotógrafos Mert & Marcus é responsável por vários trabalhos com Madonna, Kate Moss e Rihanna. Produziram também o visual badass de Taylor Swift, utilizado no disco Reputation – que foi bastante comentado.
O trabalho do duo valoriza o lado forte e selvagem da mulher. Isso ficou claro no trabalho de estreia com o editorial para a revista Dazed & Confused, ainda no final dos anos 1990. De lá para cá, colecionaram assinaturas em capas da Vogue e lançaram, em 2018, um livro autoral com mais de 300 fotos de moda das últimas décadas.
Arrasaram recentemente quando fotografaram Madonna para a capa da Vogue Italia. Entre as marcas que trabalharam com os artistas, aparecem Saint Laurent, Dior e Fendi.
A história da fotografia
Em 19 de agosto de 1839, a Academia Francesa de Ciências anunciou mundialmente o daguerreótipo – a invenção predecessora da máquina fotográfica.
Criada pelo francês Louis Daguerre (1787-1851), que além de pintor era físico, a novidade revolucionou o século 19. Em uma câmera escura, fixava-se imagens sobre uma superfície espelhada, como uma placa de cobre ou outro metal.
Dessa forma, por meio da fotografia, a vida na época ganhou registros em preto e branco. Foi apenas por volta de 1860 que surgiram outros processos mais rápidos e mais em conta em relação ao daguerreótipo.
Não demorou para que fotografia fosse vista como arte: em 1856, Adolphe Braun (1812-1877) publicou o primeiro livro cheio de imagens. Era um total de 288 capturas da moda na Era Vitoriana.
Mais tarde, no Manifesto das Sete Artes de Ricciotto Canudo, a fotografia foi aclamada como a 8ª por consenso popular. Edward Steichen (1879-1973) é considerado o primeiro fotógrafo de moda dos tempos atuais.
O artista começou quando foi supostamente desafiado pelo editor Lucien Vogel, da La Gazette du Bon Ton, em 1911. A ideia era, por meio de imagens, mostrar a moda como uma “bela arte”. Assim, fez uma série de fotos para o designer francês Paul Poiret, que apareceu nas páginas da gazeta Art et Decoration.
No decorrer do século 20, Steichen colaborou com a Vogue e a Vanity Fair, que junto a Harper’s Bazaar e La Mode Pratique, foram pioneiras do segmento. Outros grandes percursores incluem Cecil Beaton e Horst P. Horst.
A lista atual de talentos é extensa e grandes nomes assinam editoriais que eternizam momentos, além de perpetuarem supermodelos, divas pop e campanhas memoráveis.
A arte de capturar a luz evoluiu ao longo dos séculos e somos presenteados diariamente com imagens inesquecíveis. Infelizmente, apesar de tantos registros memoráveis, o universo fotográfico tem sofrido com situações negativas. Grandes nomes, como Terry Richardson, Bruce Weber e Mario Testino, são acusados de práticas de assédio e abuso sexual de modelos.
Isso não reflete contra a profissão, mas abre os nossos olhos para a questão.
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Colaborou Hebert Madeira