B’Day: cinco estilistas que Beyoncé alavancou com seu toque de Midas
Aos 38 anos, a artista é um dos maiores ícones do século 21 e qualquer peça que chega em seu guarda-roupas vira sucesso instantaneamente
atualizado
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Nesta quarta-feira (04/09/2019), Beyoncé completa 38 anos e a coluna, é claro, não poderia deixar a data passar em branco. Dona de um estilo celebrado por toda a indústria têxtil, a cantora é disputada por várias grifes de luxo, afinal, a aparição da artista com uma única peça pode render milhões. No entanto, a americana é conhecida por dar visibilidade a nomes de fora da mídia, mudando a vida de jovens designers e alavancando carreiras.
Vem comigo saber quem são os estilistas que a artista já ajudou!
Beyoncé nem sempre foi referência em estilo. Enquanto era líder do trio Destiny’s Child, a estrela circulava com produções um tanto duvidosas. Porém, ao deixar o grupo, no início dos anos 2000, passou a exibir looks com mais personalidade e informação de moda.
Com o lançamento de seu primeiro álbum solo, em 2003, começou a trilhar um caminho que a levaria ao posto de cantora mais celebrada da atualidade e, após ganhar o respeito das publicações especializadas em moda, vieram as oportunidades empresariais no segmento fashion.
Em 2006, Beyoncé, sua mãe e a irmã, Solange, criaram juntas a House of Deréon e, mais tarde, em 2016, a artista anunciou sua segunda marca própria: Ivy Park, parceria com a loja de departamentos Topshop.
Graças à sua fama, ambas as labels se tornaram sucesso de vendas, contudo, não são apenas suas etiquetas que a americana impulsiona com seu poder comercial. Ao usar uma única peça de qualquer marca que seja, a mãe de Blue consegue influenciar milhares de fãs e levar tal criação aos quatro cantos do mundo, como pudemos ver em algumas ocasiões no decorrer de sua carreira. Veja:
Thierry Mugler
Em meio a criações extravagantes, Thierry Mugler foi um dos estilistas mais comentados entre as décadas de 1980 e 1990, chegando a ser convidado para a Semana de Alta-Costura naquele período. Contudo, após a moda mirar no jeanswear e em visuais mais casuais, o designer francês caiu no esquecimento. Após a holding que detinha os diretos de sua marca homônima encerrar a operação, em 2003, ele passou a se dedicar ao mundo das fragrâncias.
No entanto, Mugler não contava com uma Sasha Fierce em seu caminho. Para seu terceiro álbum de estúdio, Beyoncé criou um alter ego com uma imagem poderosa e futurista, mas nada que estava sendo produzido em 2009, ano em que o trabalho foi lançado, fazia jus ao visual desejado pela cantora.
Assim, ela recorreu à estética ímpar de Thierry Mugler para o encarte e a turnê do CD I Am. O sucesso das produções foi tão estrondoso que, no ano seguinte, a grife foi ressuscitada sob o comando do celebrado Nicola Formichetti.
Riccardo Tisci
Em 2005, o italiano Riccardo Tisci foi anunciado como diretor criativo da Givenchy, mas levou um tempo até que o designer caísse nas graças da mídia especializada. Em 2008, ele ganhou certa notoriedade ao levar às passarelas da Semana de Moda de Paris uma série de looks all-black finalizados com correntes douradas. Mas foi só em 2010 que seu nome passou a ser amplamente difundido, graças à Beyoncé.
À época, Tisci se firmava como um dos nomes mais fortes da alta-costura, com seus naked dresses que seriam notados pela cantora naquela temporada. Daí em diante, não deu outra. A intérprete de Single Ladies passou a usar Givenchy em diversos red carpets, incluindo os do Met Gala, onde surgiu cinco vezes com criações do italiano.
Em seu hit Formation, lançado em 2011, Beyoncé, inclusive, cita a grife em um dos versos da canção. Ao cantar “sou tão ousada quando arraso no meu vestido Givenchy”, a artista colocou o nome da etiqueta francesa na boca de seus milhões de fãs. Um marketing e tanto!
Michael Costello
Por falar em naked dress, é nesse tipo de peça que um estilista tem que investir se quiser chamar atenção da popstar. Michael Costello que o diga! Apresentado aos fashionistas na oitava temporada do reality-show Project Runway, o designer fez uma passagem esquecível pelo programa, sofrendo duras críticas dos jurados por suas criações um tanto capengas.
Em 2012, ele voltou à atração na versão All Stars, onde ex-participantes retornam ao formato para redimir seu talento. Desta vez, ele se saiu melhor, faturando a terceira colocação, mas o desempenho não foi suficiente para colocá-lo nos holofotes em escala global.
Eis que nas primeiras semanas de 2014, em uma festa pós-Globo de Ouro, Costello encontrou com o então stylist de Beyoncé, Ty Hunter. No evento, o produtor de moda disse que queria conhecer melhor o trabalho do estilista. Logo, ele reformou todo seu ateliê e preparou alguns vestidos exclusivos para recebê-lo. Duas semanas depois, Queen B surgiu no red carpet do Grammy em um modelo de renda bem justo ao corpo.
A artista levou três troféus aquela noite, fazendo a bela peça ser vista algumas milhares de vezes na mídia. Desde então, o designer se tornou um protegido de Beyoncé, vestindo-a nas turnês On the Run e The Mrs. Carter Show, além de conquistar os olhares de várias outras celebridades de peso, como Gwen Stefani, Tamar Braxton, Jennifer Lopez, Meghan Trainor, Alicia Keys e Mariah Carey.
Peter Dundas
Dundas começou seu relacionamento com Beyoncé enquanto era diretor criativo da Emilio Pucci e foi graças à cantora que o estilista adquiriu força para abrir sua própria marca.
À frente da label italiana, ele desenhou o longo preto e dourado que a estrela vestiu no Met Gala de 2011 e, depois disso, desenvolveu alguns figurinos das turnês The Mrs. Carter Show e Formation, além de assinar o icônico vestido plissado do álbum visual Lemonade.
Após tantas parcerias, o norueguês se tornou um dos queridinhos da americana, que abriu espaço para o estilista lançar sua grife homônima no Grammy de 2017. Gravidíssima, Bey usou três looks assinados pelo designer naquela noite, enquanto Peter, aproveitando a visibilidade, anunciava sua nova empreitada empresarial em seu perfil no Instagram.
Laquan Smith
Antes de as celebridades disputarem quem usou o catsuit de leopardo de Laquan Smith primeiro, o estilista costurava para uma clientela restrita do Brooklyn. Contudo, após Beyoncé subir ao palco do primeiro show da turnê On the Run II com uma de suas criações, a vida do designer mudou drasticamente.
O blazer com balaclava cravejado em cristais usado pela artista nas apresentações marcava o início de uma nova era em sua carreira. Daquele momento em diante, Laquan assinaria uma colaboração com a Asos, vestiria nomes como Rihanna e Kim Kardashian e seria incluído no lineup do New York Fashion Week, sendo um dos desfiles mais aguardados da semana de moda.
Colaborou Danillo Costa