A marca brasileira Anacê apostou na criatividade como resposta ao isolamento social dos últimos dias, que evita o contágio da Covid-19. Com a ajuda de cinco parceiros, produziu uma campanha de maneira totalmente remota, sem encontros presenciais.

Vem comigo saber mais detalhes!

Criadoras da grife, Ana Clara Watanabe e Cecília Gromann foram pegas de surpresa com a crise provocada pelo novo coronavírus, assim como grande parte das pessoas. Elas haviam trabalhado durante meses na nova coleção.

“Quando recebemos as novas peças, ficamos pensando de que forma poderíamos comunicar o que tínhamos em mãos de maneira consciente, usando os poucos recursos que possuíamos”, escreveram no Instagram.

Para driblar a situação, enviaram peças para cinco amigos fazerem fotos e vídeos em suas próprias casas, com ajuda do telefone celular. Entre eles, Amauri Neto, Gabriel Feriani, Felipe Cassaniga, Morgana Ludwig e Luciane Sakon, todos profissionais dos ramos de moda ou artes.

“Uma campanha totalmente pensada para esse momento delicado de resistência. Acredito na moda como forma de ferramenta para se expressar e se colocar no mundo”, comenta via Instagram a stylist e diretora criativa Morgana Ludwig.

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Passamos os últimos meses na construção da nova coleção da marca e assim como todos jamais imaginaríamos a situação atual. Quando recebemos as novas peças, ficamos pensando de que maneira poderíamos comunicar o que tínhamos em mãos de maneira consciente, usando os poucos recursos que possuíamos. Tentando nos adequar ao cenário atual e manter nosso posicionamento como uma marca jovem no mercado da moda no Brasil, decidimos que a melhor maneira de apresentar essa coleção seria enviando para alguns amigos parceiros da marca para que eles aprovassem essas peças primeiro e nos ajudassem trazendo suas visões únicas agregando ao nosso trabalho. Pensamos bastante em como poderíamos continuar trabalhando em um momento tão difícil para manter nosso negócio de pé, por esse motivo, tivemos de fazer algumas alterações na condução da marca e essa coleção será produzida apenas sob demanda. Acreditamos que esse seja o momento de olhar para dentro e repensar estruturas, repensar nossa forma de produzir e consumir, pensar em como nos relacionamos com o objeto. Buscando dessa maneira, soluções criativas para que assim possamos juntos reescrever a história. O papel do design é esse, pensar como podemos mudar o mundo através de novas soluções. Esperamos que gostem e que usem esse momento como uma reflexão. Obrigada a todos que colaboraram com essa campanha feita em casa, com amor ? @amaurineto_ @gabrielferianii @felipecassaniga @morganaludwig @lucianes Edição de vídeo: @guiyoshida Anacê.

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Segundo a marca, o momento, agora, é de repensar estruturas e formas de produzir e consumir. “O papel do design é esse, pensar como podemos mudar o mundo através de novas soluções. Esperamos que gostem e que usem esse momento como uma reflexão”, comunica.

Devido ao momento delicado, a nova coleção será produzida apenas sob encomenda. “Pensamos bastante em como poderíamos continuar trabalhando em um momento tão difícil para manter nosso negócio de pé, por esse motivo, tivemos de fazer algumas alterações na condução da marca.”

A história da Anacê começou quando as duas estilistas fundadoras, ambas do interior de São Paulo, se conheceram durante o curso de moda na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Cada uma curte uma pegada diferente: Ana Clara gosta de criar moda masculina e Cecília, womenswear.

A dupla lançou a marca em abril de 2019, com uma proposta jovem e genderless, tendo as silhuetas clássicas da alfaiataria colorida como carro-chefe. Porém, de uma maneira fluida, cool e ressignificada, sem cara de antiga.

De lá para cá, três coleções foram lançadas e a grife emplacou figurinos nos shows de artistas como Silva e Liniker. O projeto, que começou com alguns salários de estágio guardados e o desejo de criar uma collab, chamou atenção de veículos de moda no mercado nacional como Vogue, Glamour, GQ e L’Officiel.

Colaborou Hebert Madeira