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Viúvas de ex-senadores, político condenado e até quem já morreu estão na lista de plano de Saúde do Senado

O Senado Federal informou, via LAI, que há 21 pessoas cadastradas entre senadores do DF, ex-parlamentares e pessoas ligadas a eles

atualizado

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Congresso Nacional
1 de 1 Congresso Nacional - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

A população que vive na capital da República tem três senadores eleitos pelo Distrito Federal que representam, em tese, seus interesses. Mas os cidadãos pagam plano de saúde a 21 usuários vinculados a políticos que ocupam ou ocuparam esses mandatos pelo DF. Entre os beneficiários, estão viúvas de ex-senadores, político condenado e até quem já morreu.

Todos podem usufruir de uma rede ampla de atendimento e também têm limite anual de R$ 32,9 mil para reembolso de despesas médicas, hospitalares, psicológicas e odontológicas. Cada um contribui com uma cota mensal simbólica para ter acesso ao benefício.

Condenado por cobrar propinas durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato, Gim Argello está entre os beneficiários do plano de saúde do Senado, assim como a mulher dele, Márcia Cristina Lanzilote Varandas Argello. Gim ficou preso por três anos e acabou solto em junho de 2019, após cumprir um quinto da pena.

Segundo dados informados a partir da Lei de Acesso à Informação (LAI), a relação das pessoas vinculadas ao plano de saúde apresentada pelo Senado contém o nome da mãe do senador Izalci Lucas (PSDB), Maria Ferreira de Melo, que morreu em agosto do ano passado após sofrer infecção generalizada. À coluna, Izalci disse que comunicou o órgão sobre o falecimento na semana seguinte e deu baixa no cadastro da mãe no plano de saúde à época.

Na lista dos beneficiários do plano de saúde também estão Vera Lúcia Teodoro dos Santos, Alda Maria Gontijo Corrêa, Marli Gonçalves de Faria e Marta Bittar Cury. Elas são, respectivamente, viúvas dos ex-senadores João Assis Meira, Maurício Corrêa, Pedro Henrique Teixeira e Lindberg Aziz Cury (suplente de José Roberto Arruda).

Outros políticos suplentes que assumiram os mandatos após saída dos titulares continuam ligados ao plano de saúde do Senado. É o caso de Valmir Amaral, Adelmir Santana, Gim Argello e Hélio José.

Dos três senadores atuais do DF, Izalci e Leila Barros (PSB) estão cadastrados no plano de saúde do Senado Federal, assim como seus respectivos cônjuges. O filho de Leila também é beneficiário.

O único parlamentar com mandato que não está na lista dos beneficiários do plano de Saúde do Senado é José Antônio Reguffe (Podemos). O senador abriu mão de usufruir do benefício desde que tomou posse na Casa.

O Plano de Assistência à Saúde do SIS, que atende senadores, ex-senadores e seus dependentes, é financiado com recursos da União e do Fundo de Reserva, que inclui, por exemplo, contribuições mensais das pessoas vinculadas, taxas e multas aplicadas.

Além da lista de beneficiários, a coluna também questionou os valores que o Senado paga para subsidiar o plano dos 21 assistidos pelo DF. Mas o órgão negou a informação sob o argumento de que os dados são sigilosos, uma vez que revelariam questões de foro íntimo. O foro pode até ser íntimo, mas a conta é do público.

Confira a lista dos senadores, ex-senadores e dependentes e as contribuições para o Plano de Assistência à Saúde do SIS:

Cadastrados no plano de saúde do Senado Cadastrados no plano de saúde do Senado

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Hélio José, que ficou na vaga deixada por Rodrigo Rollemberg (PSB), ainda é vinculado ao plano do Senado Federal
Senador Izalci Lucas (PSDB-DF) foi um dos que assinaram a carta
Senadora Leila Barros
José Antônio Reguffe (Podemos-DF) abriu mão do plano de saúde do Senado quando assumiu o mandato
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O ex-senador do DF Gim Argello ficou preso por três anos. O ex-parlamentar foi condenado no âmbito da Operação Lava Jato

FOTO: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
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Hélio José, que ficou na vaga deixada por Rodrigo Rollemberg (PSB), ainda é vinculado ao plano do Senado Federal

MOREIRA MARIZ/AGÊNCIA SENADO
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Senador Izalci Lucas (PSDB-DF) foi um dos que assinaram a carta

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
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Senadora Leila Barros

MICHAEL MELO/METRÓPOLES
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José Antônio Reguffe (Podemos-DF) abriu mão do plano de saúde do Senado quando assumiu o mandato

DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

 

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