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Veja onde moravam as quatro novas vítimas do coronavírus no DF

Os quatro pacientes cujos óbitos foram confirmados nesta sexta-feira (17/04) viviam em regiões longe do centro da capital

atualizado

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As quatro vítimas mais recentes do novo coronavírus, cujos óbitos foram confirmados nesta sexta-feira (17/04), moravam longe das regiões mais abastadas da capital do país, onde foram registrados os primeiros casos da Covid-19 no Distrito Federal. Todos eles viviam em cidades carentes: Ceilândia, Riacho Fundo e Recanto das Emas.

Apenas em Ceilândia, foram duas mortes. Duas mulheres, uma de 73 e outra de 84 anos. A primeira estava internada no Hospital São Francisco desde o dia 6 de abril e faleceu na última terça-feira (14/04). Ela tinha comorbidades, como diabetes, hipertensão, obesidade, e era fumante.

A segunda morreu no mesmo dia em que deu entrada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O óbito foi na última quinta-feira (16/04). Ela tinha diabetes e hipertensão.

O morador do Riacho Fundo morreu em casa, sem ser atendido em nenhuma unidade hospitalar. Ele tinha 69 anos e era hipertenso.

A quarta vítima – uma mulher de 60 anos – residia no Recanto das Emas. Estava internada no Hran desde o dia 12 de abril e faleceu nesta sexta-feira (17/04). Ela tinha hipertensão e era tabagista, que são consideradas comorbidades.

Balanço

De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus na capital do país chegou a 759 no fim da tarde desta sexta-feira.

Vinte e quatro pessoas morreram em decorrência das complicações provocadas pela Covid-19. Há 18 casos de infecções graves.

Como mostrou o Metrópoles, em apenas duas semanas, os testes positivos nas regiões de baixa renda da capital subiram de 17 para 110.

Conforme dados da Secretaria de Saúde, no dia 1 de abril, data em que foi prorrogado por decreto o fechamento de shoppings e a suspensão das aulas, apenas 17 casos de testes positivos para coronavírus haviam sido registrados nas regiões administrativas de baixa renda no DF. Nessa quarta-feira (15/04), o número chegou a 110.

A reportagem levou em conta critérios da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) em 2018.

No estudo, as cidades de Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião foram diagnosticadas com uma população de renda média baixa. Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA/Estrutural e Varjão foram consideras de baixa renda.

Dessa forma, no começo de abril, os casos de coronavírus nas cidades listadas correspondiam a apenas 4,59% do total no DF. No meio do mês, no entanto, essas 14 cidades passaram a representar 15,98% de todas as confirmações.

Ceilândia, por exemplo, aumentou em sete vezes o número de casos. Santa Maria viu os infectados se multiplicarem por cinco. Samambaia tem três vezes mais contaminados. Em São Sebastião, a alta nas ocorrências no Complexo Penitenciário da Papuda contribuiu para o salto vertiginoso.

Confira a evolução dos casos:

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