TJDFT rejeita candidatura para o TRE-DF de ex-administradora de Taguatinga
A maioria dos desembargadores entendeu que Karolyne Guimarães dos Santos não atendeu ao requisito de 10 anos de exercício da advocacia
atualizado
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O Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) rejeitou, nesta terça-feira (30/06), a candidatura da ex-administradora de Taguatinga Karolyne Guimarães dos Santos para uma vaga no Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) destinada a advogados.
A maioria dos desembargadores acolheu o parecer da Assessoria da Presidência do TJDFT contra a participação de Karolyne no processo de escolha da lista tríplice para desembargador eleitoral.
O problema discutido pelos magistrados é que Karolyne não teria cumprido o requisito de exercício da advocacia por 10 anos, pois passou um ano e oito meses afastada da profissão enquanto estava nomeada no Governo do Distrito Federal (GDF).
“Embora lamentando bastante, por se tratar de candidata que causa melhor impressão, mostrou-se apta, capaz, competente e interessante, esse requisito é objetivo. Com essa razão, apoio o parecer da Assessoria Jurídica da Presidência”, disse o decano do TJDFT, desembargador Getúlio de Moraes Oliveira.
O desembargador George Lopes Leite divergiu, mas acabou vencido. “Durante esse período, ela deixou de ser advogada para exercer função de administradora de Taguatinga, um lugar que estaria diuturnamente envolvida em práticas jurídicas, apreciando requerimentos, questões administrativas e constitucionais”, afirmou.
“Temos hoje como mandatário um advogado militante há anos na advocacia e ele está completamente afastado das funções como advogado? Não”, declarou o desembargador, referindo-se ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
A escolha da lista tríplice é feita na tarde desta terça-feira por meio de videoconferência. Quem definirá o escolhido para a vaga de desembargador eleitoral do TRE-DF por dois anos é o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).