metropoles.com

SLU constrói lagoa de contenção para evitar vazamento de chorume

A empresa também precisou erguer contenções para que o líquido produzido no aterro não ultrapassasse as barreiras e atingisse o Rio Melchior

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo / Metrópoles
Aterro Sanitário
1 de 1 Aterro Sanitário - Foto: Michael Melo / Metrópoles

Para evitar o transbordamento de chorume e a contaminação do Rio Melchior com o líquido produzido no Aterro Sanitário de Brasília, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) construiu, às pressas, nova lagoa de contenção do rejeito.

Com capacidade de aproximadamente cinco mil metros cúbicos, a nova lagoa entrou em operação na última segunda-feira (28/01/2020). Outras três estão sendo construídas. A previsão é de que uma delas seja concluída na próxima sexta-feira.

Diante do volume de chuva nos últimos dias na capital do país – o que impacta diretamente na quantidade de chorume produzido no aterro –, foi necessário, além da construção da nova represa, erguer contenções de solo a fim de evitar o transbordamento do líquido nas lagoas que já estavam no limite de armazenamento.

Como mostrou o Metrópoles, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF) cobrou explicações do Governo do Distrito Federal sobre os riscos do vazamento do chorume produzido no aterro, localizado em Samambaia.

A necessidade de armazenar o resíduo é resultado da situação precária de tratamento de chorume – que é realizado, atualmente, pela empresa Hydros Soluções Ambientais, por meio de contrato emergencial, com dispensa de licitação, prestes a expirar, como revelou a Grande Angular.

Sem o tratamento adequado, não é possível devolver o resíduo à natureza, o que gera a necessidade de contenção do chorume.

Diariamente, são despejadas três toneladas de lixo no aterro, o que gera, aproximadamente, 400 m³ do líquido. O cálculo foi elaborado sem considerar o impacto das águas das chuvas constantes, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro.

A situação ameaça o Rio Melchior, que passa nas proximidades do aterro. O curso d’água é um dos vários que abastecem a Bacia do Descoberto.

De acordo com o SLU, as novas lagoas foram construídas pela empresa Consórcio Samambaia Ambiental, constituído pelas empresas GAE, Construrban e DBOP, que opera contrato firmado com o Aterro Sanitário. Assim, de acordo com o órgão, não houve gastos extras com a implementação da medida de contenção do chorume.

O Aterro já contava com seis lagoas – que, somadas, têm capacidade de armazenar cerca de 60 mil metros quadrados. Com as novas bacias de contenção, a capacidade subirá para 80 mil metros quadrados.

O SLU informou ainda que “vai lançar edital no início do próximo mês para contratação do tratamento de 1.100 metros cúbicos/dia de chorume, com duração de até cinco anos”.

Como o certame vigente expira no dia 7 de fevereiro, o SLU destacou que “haverá novo contrato emergencial, com duração de até seis meses ou até a assinatura do contrato definitivo”. Ainda não foi estipulado o valor que será oferecido pelo GDF para o serviço.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?