Sinpol: candidato defendeu limitar número de mulheres na polícia
Posicionamento foi publicado em artigo de 2015. Postulante a diretor jurídico argumentou que mulheres se aposentam mais cedo que os homens
atualizado
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O integrante de uma das chapas na disputa pelo comando do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) publicou artigo defendendo a “limitação do ingresso feminino nas polícias brasileiras como forma de equilibrar os quadros funcionais em razão da aposentadoria especial das mulheres”.
O autor do texto é o agente de polícia Paulo Ramires, candidato a diretor jurídico na Chapa 40, encabeçada por Antônio Marcos Cosmo. O candidato à presidência da entidade, contudo, discorda do colega.
“Temos posicionamento radicalmente oposto, pela valorização das mulheres dentro da PCDF. Hoje, elas são quase 50% dos cargos e estamos propondo a criação da Diretoria da Mulher, para tratar especificamente das demandas delas dentro do sindicato”, afirmou Cosmo.
O artigo de Ramires foi publicado em 2015. “Para a sociedade, seria um ganho substancial se as polícias passassem a utilizar o direito que lhes assiste para equilibrar os quadros funcionais, passando a contar efetivamente com seus policiais atuando na função fim, e não desviados para funções burocráticas em razão de suas limitações físicas e psicológicas para tentar camuflar uma realidade imposta por políticas públicas com nítido viés esquerdista separatista”, argumenta o agente no texto.
À Grande Angular, Ramires afirmou que se trata de uma proposição antiga. “Foi uma sugestão para o problema da falta de quadro. Ficava um buraco, não estava tendo recomposição. Foi um pensamento isolado, uma tentativa de ajudar a solucionar o problema, que acredito que foi resolvido com a aprovação da reforma da Previdência”, disse.
Realizada no último dia 5 de março, a eleição para o Sinpol-DF foi invalidada por falta de quórum. Apenas 2.344 filiados compareceram aos locais de votação. O número mínimo de participações precisava ser 2.716 – 50% dos 5.431 associados aptos a votar, mais um.
No novo pleito, marcado para 26 de março, o quórum mínimo será de 40% dos filiados aptos a votar. Quatro chapas disputam o comando da entidade. A gestão terá duração de três anos.