A empresa RTD Soluções em Imagem LTDA suspendeu, nesta segunda-feira (26/10), a realização de exames eletivos de radiologia e imagem nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Distrito Federal e nos hospitais de Base e de Santa Maria.

A contratada afirma que o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela administração das unidades médicas, não teria pagado mais de R$ 6 milhões pelos serviços prestados.

A medida foi comunicada em carta enviada pela empresa ao instituto. No documento, os representantes da firma alegam que o contrato com o Iges-DF expirou em julho de 2020 e acabou não renovado. Também destacam que a instituição não apresentou proposta para dar segurança jurídica à prestação do serviço e quitar os débitos.

Foram suspensos, de acordo com o comunicado, “todo e qualquer exame de caráter eletivo até que sejam regularizados os pagamentos”. Aqueles de urgência e emergência “serão mantidos pelos próximos dias”, segundo o texto.

O rombo nas contas do Iges-DF chega a R$ 196 milhões. No início do mês, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, considerou a situação financeira da instituição como “caótica” e cobrou que as causas do desequilíbrio sejam apuradas de “forma enérgica”. A manifestação se deu em despacho para liberar verbas da pasta para socorrer o Iges-DF e permitir o pagamento dos funcionários, que estava em atraso.

“A situação engendrada pelo Instituto é caótica, chegando a beira falimentar, cuja medidas urgentes e extremas devem ser desencadeadas para evitar o cancelamento de cirurgias, suspensão de atendimentos médicos nas mais diversas especialidades como, trauma, cabeça e pescoço, oncologia, neurocirurgia, bem como cancelamento de atendimentos de urgência em UPA’s”, afirmou o secretário no despacho.

O Iges-DF informou, por meio de nota, que “todas as unidades continuam realizando exames radiológicos de emergência normalmente e apenas procedimentos eletivos estão sendo reagendados”. “O instituto informa que já entrou em negociação com a empresa para normalização do serviço, que foi prejudicado em razão do direcionamento de esforços e recursos para o enfrentamento à pandemia”, concluiu o texto.