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Reguffe lidera intenções de votos para GDF entre 12 políticos

Para 38% da população, nenhum dos 12 nomes sugeridos na pesquisa os representaria. Entre os indicados, o mais bem colocado é o senador

atualizado

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Geraldo Magela/Agência Senado
Homem de terno falando em microfone com uma mão levantada e o dedo apontando para cima. Atrás dele tem uma bandeira do Brasil
1 de 1 Homem de terno falando em microfone com uma mão levantada e o dedo apontando para cima. Atrás dele tem uma bandeira do Brasil - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Se a eleição para governador do Distrito Federal fosse hoje, uma parcela significativa dos brasilienses não saberia em quem votar. É o que revela a pesquisa do Instituto Dados feita a pedido do Metrópoles. Para 38% da população local, nenhum dos 12 nomes mostrados em um cardápio de candidatos recorrentemente lembrados para 2018 os representaria.

A partir de um universo de 1,2 mil entrevistas realizadas presencialmente, 33,7% das pessoas consultadas disseram que não votariam em nenhuma das opções citadas. Outros 4,3% dos participantes alegaram não saber ou não quiseram responder aos questionários. Assim, o conjunto de eleitores insatisfeitos com os nomes sugeridos na pesquisa superou o percentual do primeiro candidato mais bem colocado no levantamento.

José Antônio Reguffe (sem partido) foi o político mais bem colocado na pesquisa estimulada. Com 19,8% das intenções de votos no DF, no entanto, o percentual é quase metade do grupo de pessoas que não sabem em quem votar. Há quatro meses, a mesma pergunta produziu um efeito diferente.

Em agosto, o índice de indecisos era bem menor (22%) e as intenções de votos estavam mais distribuídas entre a dúzia de candidatos apresentada. Reguffe, por exemplo, reunia 23% da preferência do eleitorado, cinco pontos percentuais a mais que atualmente.

Frejat mantém segunda posição
Quem manteve agora o índice de votos aferidos em agosto foi o ex-deputado federal Jofran Frejat (PR), amealhando 10,7% dos eleitores. Segundo mais bem colocado no leque de possíveis postulantes ao GDF em 2018, Frejat reúne o bolsão de votos do chamado recall, base que se forma a partir da exposição que o político teve como candidato ao governo nas últimas eleições.

Filippelli chega à terceira colocação
A surpresa da pesquisa em relação aos levantamentos passados se dá a partir da terceira posição no ranking dos governáveis, com a performance do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB). Ele salta do oitavo lugar, em agosto, e se projeta entre os três nomes mais bem colocados. A escalada, no entanto, seu deu muito mais em função do desempenho ruim de seus pares do que por sua própria evolução.

Nos últimos meses, o peemedebista galgou um ponto percentual nas intenções de votos reveladas pela pesquisa. Enquanto isso, nomes que pontuavam à frente de Filippelli caíram, abrindo espaço para o político que tem falado abertamente do seu desejo de integrar a comissão de frente do governo a partir de 2018.

Rollemberg cai para sexto lugar
Até agosto, por exemplo, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) performava melhor que Filippelli, com 12,8% das intenções de voto para o governo, o que lhe dava o segundo lugar no ranking, só perdendo para Reguffe. Agora, o socialista caiu para um índice de 3,9% das intenções de voto, o que lhe posiciona no sexto lugar entre os políticos apresentados como alternativas aos brasilienses.

Celina Leão (PPS) também apresentou queda. Involuiu de 6,3% para 1,8%, resultado do desgaste provocado pelas denúncias atribuídas a ela na Operação Drácon, que investiga um suposto esquema de desvio de dinheiro na Saúde envolvendo deputados distritais.

 

Agnelo é o mais rejeitado
Numa pesquisa de projeção eleitoral, tão importante quanto as intenções de votos é a rejeição dos candidatos. A depender desse índice, um concorrente, mesmo que reúna uma base significativa de eleitores, pode ver seu projeto político inviabilizado numa campanha majoritária.

Realizada entre 16 e 21 de dezembro, a pesquisa Metrópoles/Dados revelou que o petista Agnelo Queiroz tem uma rejeição de 38,7%, a mais alta entre os políticos avaliados. Em segundo lugar, está a distrital Celina, com 25,4% e, em seguida, o governador Rollemberg (20,2%).

Também nesse quesito, Reguffe é o político mais bem avaliado. Seu índice de rejeição é de apenas 1,9%. E embora Filippelli tenha dividido o governo mal avaliado de Agnelo Queiroz na condição de vice, o peemedebista tem baixa rejeição: 4,6%.

 

O que eles dizem
A menos de dois anos das eleições, o cenário está longe de exibir um quadro definitivo de como as forças partidárias estarão representadas nas urnas, mas os políticos já se movimentam com força em busca de espaço para 2018. Nesse contexto, Filippelli é um dos que melhor se encaixam. Sem mandato parlamentar e agindo nos bastidores, o peemedebista subiu posições importantes na escala das intenções de votos.

“Levando em conta que nem eu nem o Frejat temos mandato e, portanto, estrutura e tribuna para aparecer, claro que estes são números muito significativos para mim. Mas qualquer um que queira puxar um grupo para 2018 tem de reunir uma liderança consolidada, o que ainda está em construção”, disse Filippelli, que atualmente dá expediente no Palácio do Planalto, como assessor do presidente Michel Temer.

EBC Memória
Filippelli e Agnelo: políticos da chapa que comandou o Buriti em situações diferentes hoje

 

Dono de um espólio eleitoral de 10%, Frejat mantém a combinação de duas características que o ajudaram a chegar no segundo turno das eleições passadas: a disposição para concorrer sem a pretensão de liderar a chapa. “Em 2014, estava quieto no meu canto e acabei candidato. Agora, continuo quieto no meu canto e pronto para cumprir a missão que me for dada em nome de um grupo que trabalhe pela cidade.”

Com menos intenções de votos que Frejat, porém mais assertividade que o ex-candidato ao GDF, Izalci Lucas (PSDB) diz que, em breve, apresentará um projeto alternativo para 2018. “O que falta no governo é gente com capacidade de gestão, área da minha preferência. A insistência em nomes sem perfil para o Executivo, como os de Agnelo e de Rollemberg, arrastou a cidade para o caos”, critica Izalci.

Há poucos dias, o tucano esteve perto de fechar uma parceria com Rollemberg e embarcar no governo. O enlace foi desfeito por divergências na condução do processo de eleição da Mesa Diretora da Câmara Legislativa.

Reguffe não será candidato
Na contramão dos políticos que trabalham a pré-candidatura ao GDF, Reguffe nega veementemente que tenha qualquer pretensão de concorrer ao governo em 2018.

Não serei candidato, vou cumprir o meu mandato inteiro no Senado. Eu, ao contrário de outros, honro integralmente os compromissos que assumo com a população

Reguffe

Com o segundo maior índice de rejeição apresentado pela pesquisa Metrópoles/Dados, Celina Leão diz que seu mau momento confirmado pela pesquisa é o retrato de “uma armação” para prejudicar sua carreira pública. “O objetivo daqueles que me acusam era justamente me desqualificar, mas ainda tenho muito tempo não só para demonstrar minha inocência, como também para recuperar o prestígio com os eleitores”, diz.

Celina diz ser vítima de uma “armação”

 

Já Alberto Fraga, atribui a performance mais discreta na pesquisa a alguns de seus posicionamentos políticos recentes. No projeto das medidas contra a corrupção aprovado na Câmara, ele votou contra a aprovação do texto. Além disso, Fraga pondera que, a dois anos das eleições, o quadro não é claro. O deputado cita pesquisas encomendadas por ele próprio que lhe garantem, segundo afirma ao Metrópoles, colocações bem mais confortáveis.

Rosso: a união faz a força
Dono de 4,2% das intenções de voto para o governo, o que lhe rende uma posição mediana no ranking dos candidatáveis ao Buriti, Rogério Rosso (PSD) apresenta a fórmula que pode fermentar seu potencial em 2018. “Eu hoje não trabalho com a perspectiva de me candidatar ao governo porque estou focado no meu mandato parlamentar, mas até lá, se pelo menos quatro desses nomes que aparecem na liderança da pesquisa se aglutinassem, haveria grande chance de vitória”, avalia o deputado federal.

Michael Melo/Metrópoles
“Hoje não trabalho com a perspectiva de me candidatar”, diz Rosso

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