Peritos criminais decidem esvaziar Instituto de Criminalística
Profissionais da categoria decidiram, em assembleia extraordinária, que vão recomendar colegas a não aceitarem cargos de chefia
atualizado
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Em assembleia extraordinária, peritos criminais da PCDF decidiram recomendar aos profissionais da categoria que não aceitem cargos de chefia no Instituto de Criminalística (IC). E que peça para sair quem esteja nessas funções.
O anúncio da exoneração do perito criminal Emerson Pinto de Souza do cargo de diretor do IC provocou uma crise no órgão. A categoria teme uma intervenção do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Na assembleia realizada nesta quinta-feira (19/12/2019), o escolhido pelo DPT para assumir o cargo de diretor do IC, o perito criminal Eduardo Dias Ramalho, disse aos colegas que vai recusar a indicação.
Assim também se posicionou Ana Flávia Belchior de Andrade, anunciada como futura diretora-adjunta do IC.
A mudança na chefia do órgão é considerada a gota d’água de uma relação azedada por uma série de medidas tomadas em 2019.
O Sindiperícia-DF e a Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística citam como movimentações que desagradaram, por exemplo, documento referente ao caso do crime da 113 Sul, o qual teria “desqualificado” laudo do IC, e portaria que retirou dos peritos criminais atribuições como a de realizar exames de comparação facial.
Diante da queda de braço, o diretor-geral da PCDF, Robson Cândido, se viu sem saída e terá que nomear um delegado para a chefia do IC, cargo historicamente ocupado por peritos criminais.