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Pacientes reclamam da falta de parafusos para cirurgias ortopédicas no DF

Espera para realização de procedimentos cirúrgicos ortopédicos demora semanas, segundo pacientes. MPC recebeu denúncia sobre o caso

atualizado

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1 de 1 cirurgia hran - Foto: Andre Borges/Especial para o Metrópoles

A demora para realização de cirurgia ortopédica aflige pacientes da rede pública do Distrito Federal. O problema relatado é o mesmo: faltam parafusos necessários para os procedimentos.

Tadna Taiane da Silva Souza, 29 anos, e Rebeca de Souza Vale, 19 anos, por exemplo, estão no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) sem saber quando vão ser operadas.

A dona de casa Tadna caiu em casa e quebrou o pé em 12 de dezembro de 2020, segundo contou a mãe dela, Mariana da Silva Souza, 48 anos. A mulher deu entrada no HRT no mesmo dia e aguarda a cirurgia desde então.

“Minha filha está no hospital há 26 dias esperando cirurgia no pé, que depende de um parafuso, mas informam para a gente que esse material está em falta em toda a rede pública”, disse Mariana. Tadna tem dois filhos, de 6 e 7 anos. “As crianças estão sofrendo, querendo ver a mãe e não entendem a situação.”

A estudante Rebeca contou que está há 11 dias internada. Ela disse que quebrou a fíbula (osso da perna) na calçada em frente da casa em que mora e, para se recuperar, precisa colocar parafuso. “A ortopedia está lotada e o risco de pegar Covid é grande, porque tem casos no hospital. Mas eles continuam dizendo que estão sem parafusos e pinos. Tem gente com mais de um mês de espera”, destacou.

O Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC-DF) recebeu denúncia sobre ausência de parafusos para cirurgias. A reclamação foi registrada na Ouvidoria do MPC-DF pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). “Mandei um pessoal meu ir checar e, na prática, não está faltando só no HRT. A saúde está um caos”, disse à coluna.

A demora na realização da cirurgia ortopédica no HRT não é de hoje. Em reportagem publicada em setembro de 2020, o Metrópoles mostrou que 81 pessoas estavam na fila para realização do procedimento. À época, a direção da unidade de saúde justificou que faltavam perfuradores e anestesistas. Em outubro, o hospital anunciou um mutirão.

O que diz o GDF

A Secretaria de Saúde do DF afirmou que já assinou contrato para adquirir materiais da área de ortopedia e o empenho para a compra será feito nos próximos dias.

“A pasta esclarece também que houve um aumento significativo na demanda dos casos de ortopedia, com atendimento a pacientes inclusive da região do Entorno. Ao mesmo tempo, no período de pandemia, houve dificuldades para aquisição de equipamentos, insumos, produtos e materiais no mercado nacional e internacional”, assinalou.

A secretaria disse que a fila para os casos ortopédicos é dinâmica: “Muda constantemente, em razão da entrada de pacientes em estado grave que têm preferência no atendimento”.

A diretoria do HRT pontuou que, mesmo diante da pandemia, o hospital efetivou 1.053 cirurgias da especialidade, de janeiro a outubro de 2020. “Além disso, realizou uma força-tarefa, no início do mês de novembro de 2020, beneficiando 44 pacientes que aguardavam na fila”, acrescentou.

Um novo mutirão está sendo preparado para este mês, segundo a chefia da unidade hospitalar.

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