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Moro diz que secretários de Segurança não serão devolvidos à PF

Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que eventuais revogações da cessão de servidores serão feitas de forma pontual

atualizado

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Sérgio Moro
1 de 1 Sérgio Moro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) disse, na noite desta sexta-feira (24/01/2020), que não há intenção de exigir o retorno dos delegados da Polícia Federal (PF) que atuam como secretários ou a volta de todos os agentes policiais cedidos.

A manifestação da pasta ocorre após o Metrópoles divulgar documento, de dezembro de 2019, no qual o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, solicita o retorno à PF dos servidores lotados em outros órgãos. Segundo o ofício, há 191 profissionais nessa situação. Desse total, quatro já teriam retornado à corporação.

Em nota, o MJSP ressaltou que eventuais revogações de cessão serão feitas de forma pontual e com base em critérios técnicos. “As solicitações de retorno de policiais serão previamente discutidas com os secretários de Segurança dos estados”, reforçou.

No ofício, Valeixo diz que o déficit de servidores é “preocupante e pode impactar nas respostas que esta instituição deve dar à sociedade”. Entre os funcionários da PF que atuam fora da corporação, está o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.

Antes do comunicado, a assessoria do MJSP ressaltou à coluna que o ministro Sergio Moro (foto em destaque) deixou claro que todos os secretários de Segurança que são da PF continuarão no cargo e quaisquer mudanças serão discutidas com os titulares das pastas.

A divulgação do documento causou mal-estar entre autoridades do país, incluindo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

À reportagem, o titular do Palácio do Buriti afirmou que, caso a requisição de Anderson Torres fosse efetivada, entraria na Justiça para manter o aliado no comando da Segurança Pública do DF. “Não pedirei nada a ninguém. Vou entrar na Justiça contra isso”, disparou.

Fontes do alto escalão da PF disseram à reportagem que o documento da Polícia Federal é resultado do balanço anual, no qual foi constatado aumento do número de servidores cedidos. Mas não há expectativa de retorno de profissionais que ocupam cargos considerados “chave”, como secretários.

E o documento, que é de dezembro, não teria qualquer relação com o cenário atual, no qual secretários de Segurança Pública, incluindo Anderson Torres, reivindicam a divisão do MJSP.

A Secretaria de Segurança Pública do DF divulgou nota na qual reforçou o que disse à coluna: “O documento [da PF] foi emitido há mais de um mês, sem qualquer solicitação de retorno dos servidores cedidos pela Polícia Federal à SSP até o momento”.

Colaborou Mirelle Pinheiro

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