Lucro líquido do BRB cresce 27,7% e atinge R$ 205,5 mi no primeiro semestre
Houve um incremento na relação com os clientes e controle da inadimplência nos primeiros seis meses de 2020. O banco possui 679 mil clientes
atualizado
Compartilhar notícia
Saiu o balanço de desempenho do Banco de Brasília (BRB) no primeiro semestre de 2020. E, nesse período, o BRB alcançou lucro líquido recorrente de R$ 205,5 milhões, um crescimento de 27,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o banco, o crescimento no número de negócios repercutiu na expansão da carteira de crédito e na ampliação da margem financeira, o que explica o aumento no lucro líquido da instituição. Houve, portanto, incremento na relação com os clientes e controle da inadimplência.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, disse que o banco assumiu um duplo papel diante da pandemia do novo coronavírus. “Por um lado, cuidamos das pessoas ao minimizar os impactos financeiros decorrentes da Covid-19 na vida das famílias e, por outro, executamos nosso plano de negócios com vistas a manter as margens de rentabilidade necessárias à instituição. Acreditamos que cumprimos os dois objetivos, com bons resultados tanto para a sociedade quanto para os acionistas”, afirmou.
Foi registrado também crescimento de 2,7% do lucro recorrente no segundo trimestre deste ano, que chegou a R$ 98 milhões. Resultado positivo mesmo diante do cenário da pandemia.
A carteira de crédito ampla chegou a R$ 13,3 bilhões. É um crescimento de 39% em 12 meses e de 10,1% no trimestre. Nesse caso, o destaque ficou com o crédito consignado. A modalidade atingiu saldo de R$ 7,3 bilhões, o que representa evolução de 39,9% em 12 meses e de 8,3% no trimestre.
Outro segmento que registrou alta foi o crédito imobiliário, que atingiu R$ 1,4 bilhão, um crescimento de 63,1% em 12 meses e 22,2% no trimestre. O resultado do crédito para pessoa jurídica, de R$ 959 milhões, teve aumento de 72,2% em um ano e 45,8% no trimestre.
As operações de crédito movimentaram R$ 4,5 bilhões no primeiro semestre de 2020. O valor é 119% maior do que o registrado no mesmo período de 2019. O montante contratado no segundo trimestre de 2020 chegou a R$ 2,3 bilhões, avanço de 86% em relação ao segundo trimestre de 2019.
Já as despesas com provisão para devedores duvidosos foram de R$ 93 milhões, aumento de 52% em relação ao primeiro semestre de 2019.
Pandemia
O programa Supera-DF, criado para socorrer a população diante da crise provocada pela Covid-19, atendeu 7 mil empresas e 29 mil pessoas físicas entre março e junho, período no qual movimentou R$ 2,7 bilhões. O valor é quase três vezes maior do que o previsto inicialmente.
Segundo o BRB, o Supera-DF teve foco também na proteção social e no cuidado com a saúde. O banco informou que foram doados R$ 7,5 milhões para a compra de equipamentos para montagem de UTIs na capital federal, como bombas de infusão e monitores, e 2 milhões de máscaras para a população brasiliense.
No total, 121 mil famílias foram beneficiadas por meio de programas sociais do Governo do Distrito Federal (GDF), nos quais o BRB atua como agente financeiro.
Inadimplência
O BRB registrou uma queda de 0,4 pontos percentuais na inadimplência no primeiro semestre deste ano. Nesse período, o percentual de devedores ficou em 1,6%. De acordo com a instituição financeira, essa taxa está abaixo da média do mercado, que é de 2,9%.
Houve crescimento de 42,8% em 12 meses nas receitas com prestação de serviços e tarifas, que alcançaram R$ 267 milhões no primeiro semestre deste ano. No segundo trimestre, elas chegaram a R$ 135 milhões, uma evolução de 38,8% em relação ao mesmo período de 2019.
As receitas com corretagem de seguros apresentaram aumento de 75,8%, atingindo R$ 116 milhões. As receitas oriundas de cartões de crédito chegaram a R$ 24,6%, um crescimento de 18,6%.
O saldo de captação teve resultado positivo nos primeiros seis meses de 2020, com R$ 15,2 bilhões. Isso representa evolução de 10,9% se comparado com o primeiro trimestre de 2020 e 24,7% em relação a junho de 2019.
O BRB fechou o semestre com índice de Basileia, indicador de saúde financeira, em 14,9%. É um número positivo, pois está acima do nível regulatório, que é de 9,25%.
Digital
Diante da pandemia e das restrições impostas pelo isolamento social, o BRB expandiu o atendimento digital. O número de clientes na agência digital saltou de 4 mil, em janeiro, para mais de 111 mil em junho.
A instituição financeira prevê maior crescimento para os últimos meses deste ano por causa da parceria firmada com o Flamengo para o recém-lançado banco digital NaçãoBRBFla.
No sexto mês de 2020, o BRB tinha 679 mil clientes. Houve aumento de 6,2% em 12 meses. Desse total, 648 mil são pessoas físicas e 31 mil são empresas.
O BRB tem cobertura em todo o território nacional. São 134 agências, das quais 125 estão no Distrito Federal e Entorno e nove ficam localizadas em Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O banco tem 134 correspondentes bancários (BRB Convêniência), 588 ATM próprios e 40 mil ATM da Rede 24 horas.