Jofran Frejat: “Agora não tem mais volta, me desestimularam muito”
Na manhã desta terça-feira (24/7), o ex-secretário de Saúde comunicou sua desistência a Valdemar Costa Neto
atualizado
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O senhor desistiu de vez?
Sim. Agora não tem mais volta.
Comunicou ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto?
Acabo de fazer isso. Ele veio até a minha casa.
Por que o senhor desistiu?
Poderia até fazer um grande trabalho, mas tem muita gente que não quer.
Quem?
Agora já não vem mais ao caso. Não é uma questão de vaidade.
Então, é uma questão de quê?
De circunstâncias, inclusive familiares. Conversei com a minha família e todos achamos melhor a desistência.
O senhor vai apoiar alguém?
Vou apoiar os candidatos do meu partido. E se houver alguém que eu considere de fato bom, aí darei o meu apoio.
O senhor já enxerga esse candidato?
Estou sem óculos, não enxergo ninguém. (risos)
Se as eleições fossem hoje, o senhor votaria no Rosso, no Rollemberg, na Eliana?
O voto é secreto! (risos)
Não tem mesmo retorno?
Agora, não mais. Me desestimularam muito. E olha que há uma pesquisa recente dizendo que tenho mais de 30% das intenções de voto.
Na manhã desta terça-feira (24/7), o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR) comunicou ao presidente de seu partido, Valdemar Costa Neto, a desistência definitiva de sua pré-candidatura ao Governo do Distrito Federal. A decisão põe fim ao longo período de indefinições e reviravoltas desde que o médico anunciou, pela primeira vez, a sua intenção de não mais concorrer ao Palácio do Buriti. “Não vou vender a minha alma ao diabo”, alegou.
O presidente nacional da sigla já havia dado carta branca para o ex-secretário de Saúde conduzir sua pré-candidatura. A autonomia daria a Frejat poder para resistir às pressões e não ter de “vender sua alma ao diabo”. Mesmo assim, o médico não bateu o martelo. Pediu prazo para conversar com aliados.
Jofran Frejat anunciou na semana passada a decisão de deixar a disputa, conforme o Metrópoles revelou em primeira mão. Um dia depois, durante encontro com apoiadores em frente à sua casa, no Lago Sul, sinalizou uma possível volta. “Estou refletindo ainda, vamos ver”, disse o médico. “Lamento muito por essas pessoas que não demonstram qualquer compromisso com a cidade”, completou.