Ibaneis pensa em fatiar Casa Civil e recriar Secretaria de Governo
Marcelo Galvão, irmão da procuradora-geral do DF, é cotado para a nova pasta
atualizado
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) pensa em fazer uma minirreforma na estrutura do Palácio do Buriti. A ideia é recriar a Secretaria de Governo, fora do escopo da Casa Civil.
Para a pasta, Ibaneis convidou José Humberto Pires, ex-secretário na gestão José Roberto Arruda (PR). O empresário, contudo, está reticente. Já recusou ingressar na linha de frente do GDF no início da administração do emedebista e tem, nos últimos meses, atuado como conselheiro do chefe do Executivo.
Marcelo Galvão seria o nome cotado para a Casa Civil. O advogado, que compôs a equipe jurídica durante o governo de transição, foi procurador-geral do DF e é irmão da atual titular do cargo, Ludmila Lavocat Galvão.
No caso de José Humberto, principal incômodo é com a exposição que um cargo oficial traria. Na época da Operação Caixa de Pandora, que varreu a cúpula do governo Arruda do poder, o nome de Zé Humberto, como é conhecido, chegou a ser citado pelo delator do esquema, Durval Barbosa.
No entanto, não foram encontradas provas contra ele: Zé Humberto não responde a ações no âmbito da Pandora.
A indicação de Zé Humberto divide o primeiro escalão de Ibaneis. Uma turma mais antiga o considera bom nome para o posto. Mas parte do grupo que trabalha mais próximo ao governador acha que o ingresso oficial do empresário ao núcleo do Buriti trará desgaste para Ibaneis.
No fim de semana, viralizou, em grupos de WhatsApp, link com matéria antiga vinculando o nome de Zé Humberto à Pandora, num movimento claro para enfraquecê-lo.
Se depender de Ibaneis, porém, o governador vai trabalhar no sentido de convencê-lo a aceitar o convite. O emedebista tem gostado do estilo “gerentão” do conselheiro.
Desde que Eumar Novacki deixou a Casa Civil, no último dia 13, a principal pasta do GDF é chefiada interinamente por Gustavo Rocha, atual secretário de Justiça.