Ibaneis pede investigação sobre fake news que o relacionam a pedofilia
Notícia-crime foi protocolada nesta segunda-feira (22/10) na PF e no TRE-DF. Ministério Público Eleitoral (MPE) também foi acionado
atualizado
Compartilhar notícia
Os advogados de defesa do candidato ao Palácio do Buriti pelo MDB, Ibaneis Rocha, acionaram a Polícia Federal, o Ministério Público Eleitoral (MPE) e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) pedindo que os órgãos investiguem a produção e a disseminação de conteúdo falso relacionando o emedebista ao crime de pedofilia.
A peça reúne fotos, áudios, vídeos e uma ocorrência policial. De acordo com a defesa do candidato, os documentos comprovariam movimentações de adversários para produzir e disseminar informações inverídicas.
“Tudo indica que a estratégia seja a de espalhar o boato para, finalmente, vir com a notícia falsa em momento no qual não seja mais possível qualquer esclarecimento eficaz por parte do candidato”, argumentam os advogados do emedebista.
À coluna, Bruno Rangel, um dos advogados que assinam a notícia-crime, disse que o objetivo é evitar a divulgação de conteúdo falso que possa atrapalhar o processo eleitoral. “Se há relação entre os episódios citados ou não, nós não sabemos. E, por isso, pedimos que seja investigado. Mas é notória a disseminação de informações falsas e boatos sobre as questões abordadas na peça”, explicou.
Confira a notícia-crime:
Notícia-crime — Ibaneis by Metropoles on Scribd
Segundo consta no documento, foram anexadas mensagens e vídeos com “referências a Ibaneis em contexto de pedofilia, bem como de relação com pessoa chamada Lourival”. Também há uma ocorrência registrada na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em 4 de outubro, pelo gerente de um hotel na região central de Brasília.
De acordo com o relato feito à polícia, dois homens teriam tentado se hospedar no local acompanhados de um adolescente e sem comprovar vínculo familiar com o jovem. Após a recepcionista negar o quarto, outro homem teria aparecido, identificado-se como coronel da Polícia Militar e afirmado que se tratava de uma “operação”.
Segundo o documento protocolado pela defesa de Ibaneis, “não se sabe exatamente o que fizeram (ou fariam) os dois maiores e o menor, ou se haveria, de fato, operação policial sob responsabilidade da PMDF, mas a denúncia recebida pela campanha do candidato é de que dali sairia (ou sairá) a tal fake news da qual vem sendo ameaçado o candidato”.
Ainda são apresentados, na peça, a transcrição de uma conversa entre uma pessoa não identificada e uma suposta jornalista sobre denúncias contra Ibaneis, e o print de um post de um blogueiro no Facebook no qual ele diz que “foi procurado” para divulgar um vídeo, mas teria se recusado, e que o “trem é pesado”.
Fake news
Na véspera do primeiro turno, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) já havia denunciado um suposto esquema de produção e veiculação de fake news. Como mostrou a Grande Angular, os advogados teriam identificado a articulação de um grupo para promover o disparo de 4 milhões de mensagens contra Ibaneis por meio do WhatsApp.
A defesa de Ibaneis argumenta que o registro do caso nos órgãos competentes pode ter adiado a disseminação em massa das informações falsas. A preocupação agora é que essas fake news comecem a ser divulgadas a menos de uma semana do segundo turno.