Hermeto critica beijo gay de PMs: “Corporação tá se acabando”
Deputado distrital, que é subtenente da reserva da Polícia Militar, emitiu opinião sobre a foto de policiais fardados beijando parceiros
atualizado
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Subtenente da reserva da Polícia Militar do DF, o deputado distrital Hermeto (MDB) entrou na polêmica gerada pela foto que mostra dois casais gays se beijando em formatura de praças da corporação.
Em um grupo de WhatsApp, o parlamentar enviou, no domingo (12/01/2020): “Minha corporação tá se acabando. Meu Deus!!! São formandos de hoje. Na minha época, era expulso por pederastia”.
Homossexualidade masculina, pederastia era considerada crime sexual no Código Penal Militar até 2015, ano em que o STF decidiu retirar o termo.
O deputado também disse, em outro grupo, que respeita a “preferência” de cada um, mas não concorda que policial fardado tenha esse comportamento. “Isso vale também para um homem e uma mulher”, acrescentou.
Confira os prints:
Conforme noticiou o Metrópoles na segunda-feira (13/01/2019), a imagem foi alvo de declarações homofóbicas que serão investigadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT).
À coluna, Hermeto enviou uma nota por meio da assessoria de imprensa. O parlamentar afirmou não concordar com a conduta dos PMs porque o ato tem caráter ideológico-político e foge do objetivo da corporação de garantir a segurança do cidadão.
Leia a manifestação de Hermeto na íntegra:
O deputado distrital Hermeto não concorda com a conduta dos dois policiais militares homossexuais beijando seus parceiros na formatura de praças da PMDF porque o ato dos PMs tem caráter ideológico-político e foge do objetivo da corporação de garantir a segurança do cidadão.
Os dois policiais militares fardados agiram para gerar polêmica e transformou a formatura de praças em palco para debate sobre ideologia de gênero. Isso é contra os princípios e a conduta dos homens e mulheres da PMDF.
Os policiais militares do DF são vistos como os melhores do Brasil porque respeitam as liberdades e direitos dos cidadãos. Na corporação, o pm é treinado dentro de padrão ético e profissional para respeitar crenças e opções de cada um dos brasileiros. É esse espírito que deve ser mantido no exercício dos deveres de cada um dos policiais militares. Para tanto, não há espaço para que o PM do DF tenha partido político ou ideologia.
Não concordar com a atitude dos dois PMs não é homofobia. Não concordar com a atitude político-ideológica é defender os princípios éticos e o pundonor que move a PMDF. É preciso dar voz para a maioria da tropa da PMDF que não concorda com a atitude dos dois PMs.