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Hackers que atacaram redes do GDF iam pedir resgate. Dados sigilosos não foram alcançados

A Subsecretaria de Tecnologia identificou, na manhã desta quinta-feira, a tentativa de criminosos invadirem os sistemas do governo local

atualizado

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Vista geral Palácio do Buriti
1 de 1 Vista geral Palácio do Buriti - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em ação imediata contra a tentativa de ataque de hackers, nesta quinta-feira (5/11), a Subsecretaria de Tecnologia, da Secretaria de Economia do Distrito Federal, encontrou um pedido de resgate que seria disseminado caso os dados fossem roubados. É a mesma solicitação enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi alvo de invasão nessa terça-feira (3/11).

O subsecretário de Tecnologia, Francisco Paulo Soares, explicou à coluna Grande Angular que, nesse tipo de investida, os hackers criptografam os dados (“sequestram”) e enviam um e-mail por onde serão combinadas as condições para devolução. Isso não ocorreu com o GDF porque as medidas tomadas evitaram que os invasores chegassem às informações sigilosas.

A pasta, em trabalho conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), está em busca da origem. Os sites e a internet do GDFNet foram tirados do ar por prevenção.

Os grupos de servidores da secretaria e de policiais estão trabalhando no processo de “limpeza” do ambiente virtual para retomar os serviços. A partir da liberação de segurança, que ainda não tem previsão, o sistema deve voltar integralmente em até três horas. O banco de dados com informações sigilosas foi desligado para não haver contaminação.

Toda a estrutura de tecnologia do Governo do Distrito Federal (GDF) é administrada pela Secretaria de Economia. À coluna, o titular da pasta, André Clemente, disse que o sistema é utilizado por 150 mil servidores que atendem 3 milhões de pessoas.

“Olha só o risco que um ataque desse tem e o poder de destruição. Pode inviabilizar serviços, em especial, saúde, mobilidade, segurança pública e pagamentos”, afirmou.

Clemente pontuou que os protocolos foram “aplicados tempestivamente e com eficácia para preservar os serviços e dados”. E nada sigiloso foi roubado.

“A gestão centralizada da tecnologia permite não só melhor entrega de serviço para a população, mas também a maior proteção da infraestrutura. Se fosse descentralizada, em algum ponto poderia haver vulnerabilidade”, acrescentou o secretário de Economia.

Como ocorreu

Conformou revelou à coluna o subsecretário de Tecnologia, Francisco Paulo Soares, a pasta estava em alerta por causa dos ataques em outros órgãos, como o que ocorreu no STJ.

Por volta das 11h desta quinta-feira, alertas de segurança foram emitidos e um link de internet caiu, o que é o primeiro sintoma do ataque, disse Soares. O serviço foi cortado imediatamente por volta das 11h30 preventivamente.

“A gente identificou que eles conseguiram chegar em alguns servidores. Nós isolamos e chamamos a Polícia Civil, que está agindo para identificar a origem”, pontuou o subsecretário. “Consigo te afirmar que não tiveram acesso a nenhuma informação sigilosa”, reforçou.

Soares confirmou que a tentativa de ataque aos sistemas do GDF foi promovida pelo mesmo grupo que invadiu as redes do STJ.

De acordo com o subsecretário, caso os hackers conseguissem entrar nos servidores do governo local e roubassem as informações, o trabalho para voltar tudo ao normal poderia levar um mês por causa do grande volume de informação armazenada, cinco vezes maior do que no STJ.

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