GDF publica edital de concurso para selecionar estudo de arquitetura do Museu da Bíblia
Os interessados em fazer o projeto do Museu Nacional da Bíblia devem apresentar documentação entre 15 de janeiro e 1º de março de 2021
atualizado
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O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, na noite desta segunda-feira (21/12), o edital do concurso público para selecionar estudo preliminar de arquitetura do Museu Nacional da Bíblia. Os detalhes constam em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF).
As propostas preliminares e os documentos de inscrição devem ser apresentados, em site específico para a seleção, entre os dias 15 de janeiro e 1º de março de 2021. O vencedor deve levar prêmio de R$ 122 mil. O resultado final está previsto para ser divulgado em 23 de março.
Segundo o edital, podem participar pessoas físicas ou jurídicas constituídas por profissionais diplomados, legalmente habilitados, devidamente cadastrados e em situação regular perante o conselho profissional de sua área de atuação, como Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), no caso de engenheiros civis. Os participantes devem morar no Brasil.
Confira, na íntegra, o edital:
Edital do Museu da Bíblia by Metropoles
Os projetos devem conter pelo menos os seguintes itens: memorial descritivo e justificativo; planta de implantação do projeto no terreno; plantas de todos os níveis e de cobertura; cortes e elevações em conformidade com o nível de estudo preliminar; perspectivas ou renderizações, entre outros.
De acordo com o estabelecido pelo GDF, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, os projetos serão julgados por uma comissão formada por cinco arquitetos. Entre os critérios para seleção, estão inovação, adequação às normas e sustentabilidade socioambiental.
O edital poderá ser impugnado por qualquer pessoa até as 18h do dia 14 de janeiro.
Na Justiça
A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) entrou na Justiça contra o projeto do GDF de construir o Museu da Bíblia. Em 30 de setembro, a 7ª Vara de Fazenda Pública de Brasília indeferiu o pedido para suspensão de eventuais obras e dos procedimentos licitatórios.
“Com R$ 80 milhões, o GDF poderia construir milhares de casas populares, postos de saúde, hospitais, creches e etc, atendendo toda a população, não apenas os ‘fiéis’ de determinadas crenças religiosas, ainda que majoritárias no espectro brasileiro, ressaltando que não é papel do Estado construir monumentos religiosos, em razão de manifesta vedação constitucional”, escreveu a Atea.
O GDF informou, à época, que o museu não seria um templo religioso, uma vez que a Bíblia é “patrimônio histórico da humanidade”.