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Francisco Araújo indicou advogados para a defesa de subordinados, diz MPDFT

Segundo investigadores, após a deflagração da primeira fase da Operação Falso Negativo, secretário de Saúde afastado articulou defesa

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secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo
1 de 1 secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

De acordo com a investigação do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), o secretário de Saúde afastado Francisco Araújo indicou advogados para atuarem na defesa dos demais alvos da segunda fase da Operação Falso Negativo.

Interceptações telefônicas transcritas nos autos revelam, de acordo com os promotores, que após o MPDFT deflagrar a primeira fase da investigação, Araújo “ao invés de exonerar os seus subordinados, ou, no mínimo, determinar a instauração de procedimentos disciplinares internos para apurar condutas tão graves, o que se vê é o apoio e auxílio incondicionais, inclusive com reuniões para indicar advogados para suas defesas”.

“[Jorge Antônio] Chamon [diretor afastado do Laboratório Central do DF] diz que ligou no dia seguinte, vai ao secretário para ver se vai ter defesa mesmo, e diz que ligou no advogado e que ele não sabe de nada. Diz que conversou com sócio do Cleber [Lopes] advogado. Diz que vai pedir bens de volta”, descrevem os investigadores nos autos a partir de conversa telefônica interceptada com autorização judicial.

Confira mais trechos das conversas:

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A primeira fase da Operação Falso Negativo foi deflagrada em julho. Entre os alvos, estavam o então diretor do Lacen-DF e o subsecretário de Administração-Geral da Secretaria de Saúde, que foi afastado, Iohan Andrade Struck.

Na fase 2 da ofensiva do MPDFT, Chamon acabou preso preventivamente com outros seis integrantes da cúpula da Saúde, incluindo Francisco Araújo. Já Iohan é considerado foragido pelo Ministério Público.

Em outro trecho do processo, Iohan manifesta preocupação com a possibilidade de a investigação atingir sua esposa, a enfermeira do Instituto de Gestão de Saúde (Iges-DF) Larissa Barreto Ferraz Struck. A conversa, gravada em 16 de julho, é com Eduardo Pojo do Rego, secretário adjunto afastado de Gestão em Saúde.

Veja:

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Pojo também foi preso preventivamente. Dos sete integrantes da cúpula da Secretaria de Saúde com mandados de prisão autorizados pela Justiça na fase 2 da operação, cinco continuam detidos. Iohan Andrade Struck não foi encontrado pelos investigadores e passou à condição de foragido, na análise do MPDFT. Já Eduardo Hage foi solto após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O prejuízo estimado aos cofres públicos com as supostas fraudes em contratos para compra e aplicação de testes rápidos da Covid-19 é de R$ 18 milhões. Composto por ex-integrantes da cúpula da Saúde do DF, o grupo investigado é acusado de crimes como fraude à licitação, lavagem de dinheiro, contra a ordem econômica, formação de cartel, organização criminosa e corrupção.

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