Ex-secretário de Saúde do DF apresenta pedido de habeas corpus no STJ
Secretário de Saúde afastado, alvo da segunda fase da Operação Falso Negativo, está detido na carceragem da DPE, onde divide cela de 10 m²
atualizado
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A defesa do secretário de Saúde afastado, Francisco Araújo, preso na última terça-feira (25/8) durante a segunda fase da Operação Falso Negativo, apresentou pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O pedido será julgado pelo ministro Rogério Schietti Cruz. O magistrado também está responsável por analisar as solicitações apresentadas pelos advogados de defesa do diretor afastado do Laboratório Central (Lacen), Jorge Antônio Chamon Júnior, e do secretário adjunto de Gestão em Saúde – também afastado –, Eduardo Seara Machado Pojo do Rego.
Os três estão detidos na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ao lado de outros três integrantes da cúpula da Secretaria de Saúde presos preventivamente no âmbito da ação que apura supostas irregularidades em dispensas de licitação para aquisição de serviços destinados ao enfrentamento à Covid-19.
Como mostrou a Grande Angular, os seis dividem uma cela de 10 metros quadrados. Lá não há beliches, apenas colchonetes, que são colocados no chão. A coluna apurou que eles estão tranquilos e não conversam muito. Os gestores afastados comeram a marmita distribuída aos outros presos, composta por arroz, feijão, carne, salada e uma fruta.
Confira quem está preso na carceragem da Polícia Civil do DF, ao lado do Parque da Cidade:
- Francisco Araújo, secretário de Saúde do DF;
- Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde;
- Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde;
- Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário adjunto de Gestão em Saúde;
- Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central (Lacen);
- Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde (todos foram afastados).
Apenas o mandado de prisão contra o secretário afastado de Administração Geral, da Secretaria de Saúde do DF, Iohan Andrade Struck, não foi cumprido. O advogado de Iohan, Alexandre Adjafre, disse que o cliente se mudou e está com suspeita de Covid-19.