DF: empresa dos gregos Pantazis é alvo de nova operação do MP
Ministério Público do Paraná investiga suposto favorecimento da Infosolo Informática S.A em contrato do Detran do PR
atualizado
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O Ministério Público do Paraná (MPPR) cumpriu em Brasília, nesta sexta-feira (06/03), seis mandados de busca e apreensão em residências de proprietários e funcionários da empresa brasiliense Infosolo Informática S.A.
Entre os sócios da Infosolo, estão Alexandre Georges e Basile Pantazis. A família dos gregos, como são conhecidos na capital, montou negócios em diversos estados, como Maranhão, Minas Gerais e Paraná. Pelo menos um dos endereços alvos do MP é ligado aos Pantazis.
Esta é a segunda fase da Operação Taxa Alta, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP do Paraná, com apoio do Gaeco e da Inteligência do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil do DF (PCDF), por meio da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor).
O MPPR investiga supostas ilegalidades no credenciamento de empresas para registro eletrônico de contratos e financiamentos de veículos no Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Como todo carro financiado é taxado, a transação envolve muito dinheiro.
Promotor de Justiça do MP do Paraná, Fernando Cubas disse à coluna que há indícios de que a Infosolo foi favorecida. “Até novembro de 2019, essa empresa dominou 85% do mercado. Até junho do ano passado, dominou 95%, mas depois outras empresas entraram”, ressaltou.
Os investigadores procuraram documentos, computadores, notebooks e celulares. “Nós vamos coletar as informações que foram apreendidas hoje. Vamos analisar as provas e, se for o caso, vamos propor a denúncia”, registrou Cubas.
A primeira fase da Operação Taxa Alta, deflagrada em 20 de novembro de 2019, cumpriu cinco mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão. Os alvos eram o ex-diretor-geral do Detran à época dos fatos, três servidores comissionados e um ex-assessor da Governadoria do Estado.
O outro lado
Por meio de nota, a Infosolo disse que “sempre pautou sua atuação pela transparência e rígidos princípios de ética e correção”. “Todos os esclarecimentos, bem como a disponibilização de informações e documentos ao Ministério Público, foram feitos com absoluta tranquilidade diante da plena convicção de que nenhum ato ilegal foi realizado no processo de credenciamento junto ao Detran-PR”, diz trecho do comunicado.
“A Infosolo reafirma sua confiança no Poder Judiciário e nas instituições”, concluiu.