Casa Militar perde status de 1º escalão e fica sob comando da SSP
Medida do governador Ibaneis Rocha (MDB) foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça (1º/1)
atualizado
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A edição extra do Diário Oficial do DF publicada neste 1º de janeiro informa que, no novo governo, a Casa Militar será vinculada à Secretaria de Segurança Pública (SSP). Ou seja, o órgão deixa a estrutura da Governadoria e passa a ser subordinado ao secretário de Segurança. Perde, portanto, o status de primeiro escalão.
A Casa Militar está no meio de uma disputa de poder pelas forças policiais. O órgão responsável por garantir segurança do governador e de seus familiares, além da administração de instalações do Palácio do Buriti e da residência oficial, chegou a ser ameaçado de extinção.
Durante a transição, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou o fim da Casa Militar e disse que as funções dessa estrutura seriam absorvidas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob o comando do agora ex-deputado Laerte Bessa (PR).
Mas a iniciativa incendiou o seio da Polícia Militar, que começou a fazer forte pressão pela mudança de ideia do governador e pela manutenção da Casa Militar, por onde passam também as promoções de oficiais. Daí, a indignação da corporação.
Ibaneis mudou de ideia. E, pelo menos até agora, não há ambiente político nem jurídico (adverte o governador e seus assessores) para a criação do GSI.
Discretamente, no entanto, Ibaneis saiu com uma solução pela coluna do meio. Não extinguiu a Casa Militar, mas desceu o órgão ao segundo escalão, sob o comando do secretário de Segurança Anderson Torres (foto em destaque).
Confira:
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Na linha das mensagens sutis, também não foram empossados hoje os comandantes das polícias Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros. Justamente quando foram nomeados os cargos do primeiro escalão.
E se alguém deixou de compreender nas entrelinhas, Ibaneis escancarou em seu discurso: “Ainda temos corporações que acham que podem brigar entre si. Isso vai acabar”.
O secretário de Segurança sempre foi tratado como rainha da Inglaterra, figura que dividia o poder com os chefes das corporações. Ao fazer esse movimento logo no início da gestão, o governador dá um sinal de que, em sua administração, a segurança terá um comando concentrado na figura, por ora, de Anderson Torres.