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BRB tira do ar curso que orienta mulheres a depilar e usar perfume

Recomendações para gerentes incluem passar produto “na parte interna das coxas”. Banco vai apurar a responsabilidade pelo conteúdo

atualizado

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BRB4
1 de 1 BRB4 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Banco de Brasília (BRB) tirou do ar, na terça-feira (14/01/2020), curso que orienta as empregadas da instituição a não saírem de casa sem maquiagem, depilar sobrancelhas, buço, pernas, axilas e tomar banho todos os dias.

No capítulo, também havia indicação sobre os melhores lugares para passar perfume, incluindo a parte interna da coxa.

O conteúdo era destinado a novos gerentes. O material estava disponível desde março de 2018, em outra gestão, segundo o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.

Confira trechos do curso:

5 imagens
Imagens de sobrancelhas a serem usadas e evitadas
Até perfume foi alvo do manual
O material foi considerado machista
Documento foi retirado rapidamente do ar
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Orientação prevê proibição de sobrancelhas chamativas e de buço

Material cedido ao Metrópoles
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Imagens de sobrancelhas a serem usadas e evitadas

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Até perfume foi alvo do manual

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O material foi considerado machista

Material cedido ao Metrópoles
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Documento foi retirado rapidamente do ar

Material cedido ao Metrópoles

De acordo com Costa, o banco vai apurar as responsabilidades pelo conteúdo, além de rever todos os cursos internos a fim de eliminar práticas das quais a atual administração não corrobora. “Nós fomos surpreendidos. Ao tomarmos conhecimento do curso, imediatamente tiramos do ar e estamos apurando responsabilidade pelo conteúdo”, disse.

“Somos contrários a qualquer tipo de prática discriminatória. Desde o início da nossa gestão, o BRB adotou um conjunto de ações que visam ao equilíbrio de gênero. O grande exemplo disso é o programa de liderança feminina, em que já fizemos duas turmas envolvendo 80 pessoas exatamente com o objetivo de aumentar a participação das mulheres nos altos cargos de administração do banco”, afirmou o gestor.

O presidente do banco frisou que não há um padrão de atitude ou vestimenta para os funcionários. “A gente acredita no bom senso de cada um em como se portar e como se vestir“, assinalou.

A denúncia chegou à presidência do BRB pelo Sindicato dos Bancários de Brasília. Secretário de Combate à Discriminação, Edson Ivo disse que a entidade abomina esse conteúdo.

“Agora a gente terá uma discussão aberta com o banco para construir uma política de equidade que seja abrangente e evite esse tipo de situação”, disse o sindicalista.

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