Após passar um mês foragido, Iohan Struck se entrega ao MPDFT
Ele é considerado peça fundamental no suposto esquema de corrupção montado junto à cúpula da Secretaria de Saúde para desviar dinheiro
atualizado
Compartilhar notícia
Foragido da Justiça, Iohan Andrade Struck se apresentou às autoridades por volta das 17h20 desta terça-feira (22/9). Ele é considerado peça fundamental no suposto esquema de corrupção montado junto à cúpula da Secretaria de Saúde para desviar dinheiro público.
O Metrópoles apurou que Iohan chegou ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acompanhado dos advogados. Promotores efetuaram a prisão do servidor, que será encaminhado ao IML e, posteriormente, à carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Segundo a denúncia feita pelo MPDFT, Iohan e seus comparsas teriam roubado, pelo menos, R$ 18 milhões dos cofres do GDF. Os promotores pediram o ressarcimento solidário de R$ 46 milhões a Iohan e a outros 14 denunciados.
Foragido desde 25 agosto, Iohan buscava costurar colaboração com o MPDFT por meio de seus advogados. Ele queria contar sua versão aos promotores, mas estava fazendo de tudo para evitar a prisão.
Desde essa segunda-feira (21/9), as autoridades do DF pediram a inclusão do servidor da Saúde no cadastro nacional de foragidos da Justiça.
O que pesa contra Iohan
De acordo com a denúncia feita pelo MPDFT, Iohan Struck, como Subsecretário de Administração Geral (SUAG), era a pessoa incumbida de conduzir os procedimentos licitatórios de modo a viabilizar a vitória da empresa previamente escolhida pelo grupo.
Segundo os promotores, o servidor, além de realizar atos fraudulentos no âmbito de suas atribuições, chegava a concentrar para si atos administrativos importantes, como a pesquisa de preço – que, na maioria das vezes, sequer ocorria e que, quando existia, era viciada.
Nessa linha, os promotores apontam que o denunciado ainda se movimentava para buscar a efetivação do certame, como no caso em que ele conseguiu obter no Fundo de Saúde do Distrito Federal verba até então inexistente para contratar a empresa Biomega.
“Vale dizer, era a pessoa responsável por providenciar o encaminhamento necessário aos procedimentos até o seu desfecho desejado pela organização criminosa”, diz a denúncia do MPDFT sobre Iohan.