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Metade dos mortos em acidentes de motos tinha de 18 a 34 anos

Semana do Motociclista obriga a lembrar também: três em cada quatro indenizações do DPVAT foram para eles

atualizado

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1 de 1 moto - Foto: Governo de Rondônia/Divulgação

A quantidade de motocicletas no Brasil cresce mês a mês, mas ainda assim representa 27% da frota nacional de veículos. No entanto, os acidentes com motocicletas concentraram 76% das indenizações pagas às vítimas. Os dados são referentes a 2016 e foram divulgados pela seguradora Líder, que gerencia o DPVAT, seguro para custeio de danos pessoais causados por veículos.

E mais (e pior): do total pago, 83% foram destinados a vítimas de invalidez permanente, o que significa quase uma geração de pessoas jovens incapacitada para trabalhar. O percentual destinado à indenização por mortes representa e 5%, mas vale reforçar: dos mortos, 53% estavam na faixa entre 18 e 34 anos, faixa etária dos chamados economicamente ativos.

No Distrito Federal, 28,02% são causadas por acidentes de motocicletas (de pedestres, chega a 34,17%, dados de 2015). O DF, por sinal, tem um pouco mais de 200 mil motocicletas em circulação.

Em todo país, foram 12.126 mil vítimas fatais que conduziam motocicletas (ou assustadores 33 registros por hora, conforme o Datasus, com base em dados de 2015). Em suma: quatro em cada dez mortos em acidentes de trânsito no ano pilotavam uma moto.

Em São Paulo, somente em junho deste ano foram contabilizadas 175 mortes envolvendo motociclistas, de acordo com o Infosiga – ferramenta do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito.

Frota e simulador
A frota de motocicletas no país chegou a 24 milhões de unidades em 2016 (cerca de 27% dos 93,8 milhões de veículos em circulação pelas ruas e estradas brasileiras). De 2000 a 2016, houve um crescimento de 1.281% no volume de motos, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Sheila Borges, especialista em simuladores de direção, defende que, assim como já ocorre na formação de motoristas que tiram a habilitação na categoria B, o processo de simulação poderia ajudar a preparar melhor o motociclista. “Ela (a simulação) possibilita ao condutor a prática em uma série de situações adversas, que vivenciará no mundo real”.

A necessidade de aperfeiçoamento da formação do motociclista no Brasil foi apontada como fundamental por 67% dos ouvidos em uma pesquisa realizada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) durante o Salão do Automóvel 2016.

Cenário regional
Somente em 2015, foram 12.126 mil vítimas fatais que conduziam motocicletas no Brasil – 33 registros por hora, conforme o Datasus.

No geral, os motociclistas representam 40% das mortes no trânsito no país. Mas, no Nordeste, essa taxa chega a impressionantes 53,67%. No Norte, o volume é de 47,7%, mas acima do indicador nacional.

E o simulador?
Aqui, a prova prática para tirar habilitação de motocicleta é realizada em um circuito fechado. Mas, na Espanha, essa etapa é preliminar – que exige aprovação para seguir ao passo seguinte, que é percorrer em vias públicas sendo monitorado por um agente de trânsito.

No Japão, a presença do simulador, por outro lado, já é uma realidade há 20 anos. “Usar o simulador de direção para motociclistas seria avançar numa forma efetiva na preparação daqueles que conduzirão carros, por exemplo”, avalia a especialista em segurança, educação no trânsito e formação de condutores, Roberta Torres.

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