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Urso polar deve ser extinto antes de 2100, indica estudo

Aquecimento global incapacita os animais de se alimentarem quando as calotas de gelo desaparecerem no oceano

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Urso polar
1 de 1 Urso polar - Foto: Hans-Jurgen Mager/Divulgação/Unsplash

Em todo o planeta, a temperatura aumentou 1 ° C desde a era pré-industrial. Para grande parte dos seres humanos, os efeitos ainda não são percebidos a ponto de causar preocupação, mas para várias espécies de animais, a consequência é a extinção rápida, como é o caso dos ursos polares.

Um estudo publicado nessa segunda-feira na Nature Climate Change indica que a mudança climática deve causar a quase extinção de ursos polares antes do final do século. A publicação detalha que o fenômeno desenfreado segue incapacitando os espécimes de se alimentarem quando as calotas de gelo desaparecerem no oceano.

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Gripe aviária mata pela 1ª vez um urso polar e põe especialistas em alerta
Close up portrait Male polar bear (Ursus maritimus) on the snow white natural background. Churchill, Manitoba, Canada.
Urso negro assusta caminhantes no México
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Gripe aviária mata pela 1ª vez um urso polar e põe especialistas em alerta

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Urso negro assusta caminhantes no México

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Os pesquisadores enfatizam que, mesmo no cenário mais favorável, a extinção desses mamíferos seria apenas adiada. Se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no mesma ritmo de hoje, “o declínio na reprodução e sobrevivência comprometerá a permanência de quase todas as subpopulações até 2100.”

Para chegar ao resultado, eles analisaram o desaparecimento progressivo do habitat dos ursos polares, as calotas de gelo onde caçam as focas essenciais para sua alimentação. Carnívoro, o urso polar habita regiões árticas onde a temperatura pode cair para -40 °C no inverno, sendo capaz de jejuar por meses.

No entanto, por conta do aquecimento global, duas vezes mais rápido no Ártico, o degelo dura cada vez mais tempo. Famintos, eles se aventuram em territórios longe do habitat natural, chegando inclusive a áreas habitadas por humanos.

Desafios para a reprodução

As fêmeas encontram um desafio ainda mais perigoso, quando entram em seus abrigos no outono para dar à luz no inverno, de onde saem somente na primavera com seus filhotes. Para garantir a sobrevivência das crias, elas precisam caçar focas suficientes para poupar gordura e produzir o leite necessário para alimentá-los, segundo Steven Amstrup, um dos autores do estudo e principal cientista da ONG Polar Bears International. 

Os cerca de 25 mil ursos polares existentes estão divididos por 19 subpopulações distintas no Canadá, Alasca, Sibéria, Ilha Svalbard e Groenlândia.

O estudo explica que cada um deles não será afetado na mesma proporção. E conclui que, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem na taxa atual, “o declínio na reprodução e sobrevivência comprometerá a resistência de quase todas as subpopulações até 2100”, mesmo se o aquecimento fosse limitado a 2,4 ° C em relação à era pré-industrial.

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