Brasilienses apostam no mercado pet para driblar o desemprego
De acordo com o Instituto Pet Brasil, o segmento arrecadou R$ 34 bilhões em 2018
atualizado
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De acordo com o Instituto Pet Brasil (ITB), Brasília abriga 1,1% da população de animais de estimação do Brasil, são cerca de 650 mil cachorros, 191 mil gatos e 627 mil peixes e passarinhos. Com isso, o faturamento no setor não para de crescer, em 2018 foram R$ 34 bilhões arrecadados neste segmento e, ano que vem, o mercado promete continuar em alta.
A alimentação é o segmento que mais fatura no mercado, mas outros serviços como SPA’s para os bichinhos, hotéis, creches, babás e delivery são muito procurados pelos “pais e mães de pet”. Alguns brasilienses têm entrado no ramo na tentativa de fugir do desemprego.
Petshop móvel
Pensando nisso após ficar desempregada, Marcella Freitas teve a ideia de fazer um petshop móvel, em 2017, após muita pesquisa sobre o ramo. O projeto “Cerrado Pet” se concretizou em 2018, quando ela conseguiu comprar um minicaminhão equipada para fazer os serviços. Ela precisou de tempo e planejamento, pois se tratava de um investimento que podia ou não funcionar.
Mas a ideia pegou e, após um ano, Marcella conseguiu recuperar todo o dinheiro investido. Hoje, ela para em vários locais de Brasília e recebe os clientes como qualquer outro petshop. Mas ela conta que o amor pelos animais foi o segredo do sucesso.
“Eu paro com o meu caminhão e faço os serviços que qualquer petshop faz, como banho e a tosa. Ainda ofereço a comodidade de ficar pertinho do tutor. Eu trabalho muito, mas tenho tirado uma boa renda para conseguir me manter. E vale lembrar que, para trabalhar com isso, é preciso realmente amar os animais”, alerta.
Amor pelos pets
E o amor pelos animais, na maioria das vezes, é a alma do negócio. A designer gráfica Julia Junqueira, uniu o seu desejo de empreender e sua paixão pelo mundo animal na loja My Pet. Onde produz quadros para atender aos mimos dos tutores, desenvolvendo obras exclusivas dos bichinhos.
Mas antes de investir nesse mercado, a artista tentou produzir quadros com outros temas. No entanto, percebeu o mercado de animais seria o seu diferencial.
“Antes tinha a Loja Avante!, que produzia produtos com vários temas, mas eu estava tendo dificuldade para definir o público e criar a publicidade em cima disso. Então percebi que o tema pet era o mais vendido e o meu preferido de trabalhar, por isso, investi e criei loja My Pet, me dedicando apenas a esse mercado”, lembra.
Petsitter
E a artista não foi a única a ver a grande possibilidade de crescer e fazer renda nesse ramo, o jornalista Hédio Junior juntou sua experiência com animais e sua paixão pelos bichinhos para trabalhar como petsitter, um tipo de serviço especializado, feito à domicílio, para quando os tutores estão ausentes, principalmente em viagens. O serviço é cobrado por hora e varia de acordo com o local.
“Faço uma visita para conhecer o bichinho e uma entrevista com os donos, assim descubro sobre a rotina e hábitos do pet. A chave da casa fica comigo e com horários pré-estabelecidos, visito o animalzinho por uma hora. Aí eu limpo o espaço, troco a água, coloco ração e faço os passeios também”, afirma Hédio.
Mas não é apenas o serviço de petsitter que promete facilitar a vida dos tutores, a servidora pública Luana Wernik buscou emprego no ramo por realização pessoal: ela sempre sonhou em trabalhar com cães. Ela se juntou ao aplicativo PetAnjo, onde realiza serviços como daycare, petsitter e passeios.
“Apesar de ser a realização de um sonho antigo, não dá para negar que a renda extra que o segmento proporciona é bem atrativa e complementa o orçamento. Além disso, consegui fazer cursos de adestramento e saúde animal”, enfatiza.