Alerta: pets com donos fumantes têm mais chance de desenvolver câncer
Com tutor que fuma, animal pode sofrer de bronquite, insuficiência respiratória e neoplasias pulmonares, como o carcinoma pulmonar
atualizado
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre as 7 milhões de pessoas mortas pelo tabaco por ano, cerca de 890 mil são fumantes passivos, ou seja, inalaram a fumaça do cigarro sem serem usuárias. No Dia Nacional de Combate ao Fumo, a coluna faz o alerta: você sabia que fumar perto do seu pet torna o animal um fumante passivo? Se faltam motivos para largar o vício, um deles pode ser cuidar da saúde do seu companheiro de quatro patas.
De acordo com a médica-veterinária Bianca Nicchio, o animal pode sofrer com bronquite, insuficiência respiratória e neoplasias pulmonares, como o carcinoma pulmonar. “Todo pet que fica exposto à fumaça do cigarro pode desenvolver doenças respiratórias secundárias, assim como nós, humanos”, destaca.
A veterinária destaca estudos que compararam imagens radiográficas de animais com donos fumantes e não-fumantes. Segundo ela, as alterações pulmonares em cães com tutores usuários do tabaco são completamente visíveis. “Por minha análise, eram animais com sinais crônicos de trato respiratório, como espirros, secreção nasal e dificuldade respiratória”, afirma.
A profissional acrescenta que certas raças, por exemplo, estão mais propensas e têm mais facilidade a terem problemas sérios devido à inalação da fumaça.
“Os cães e gatos de raças braquicefálicas, aquelas com focinho achatado, como persa, pug ou bulldog, sofrem mais por já possuírem dificuldade respiratória pela conformação anatômica que apresentam. Por isso, são mais sensíveis.”
O ideal para poupar a saúde do pet e também a sua é abandonar o cigarro. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo. Mas, caso parar de fumar não esteja em seus planos, a solução é fazê-lo longe do seu pet.
Manter o ambiente limpo e se livrar das cinzas, como algumas pessoas pensam, não é suficiente. “O problema está unicamente relacionado à fumaça que o animal inala”, afirma Nicchio.