Afinal, os cães da raça pit bull são realmente violentos?
O preconceito com a raça ainda é tabu na sociedade. Esses animais ocupam o primeiro lugar do ranking de morte induzida em abrigos
atualizado
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Uma triste realidade acompanha os cães da raça pit bull. Segundo a organização norte-americana de proteção à natureza One Green Planet, ele é o animal que lidera o ranking de morte induzida em abrigos dos Estados Unidos.
Raça muito associada ao temperamento agressivo, os pit pulls surgiram no início do século 19, na Inglaterra. Devido à força do animal, as pessoas começaram a usar o cão para esportes violentos, como luta com bichos selvagens e rinhas.
Outra curiosidade é que o termo “pit bull” engloba um conjunto de raças caninas, como: pit bull terrier, american staffordshire terrier, staffordshire bull terrier e também os cruzamentos originados entre elas. O primeiro cachorro da raça surgiu de uma cruza do bulldog inglês com o atualmente extinto terrier Inglês.
Especializado em comportamento animal, o médico veterinário e adestrador Zenildo Prazeres afirma que o pit bull só se torna violento se tiver um direcionamento humano para que isso ocorra. Tudo depende da maneira como o tutor cuida e educa. Vale ainda ter atenção ao instinto predatório do cão.
“O tutor deve sempre procurar desenvolver métodos de sensibilização, fazer carinho na cabeça diante de uma boa atitude e dar um reforçador, como o petisco. Também é muito importante fazer a socialização do pit bull com outros cães logo cedo”, aconselha.
O especialista lembra ainda a importância de estimular o convívio do pit bull com pessoas diferentes desde filhote, para que ele se socialize. Além disso, o dono do animal deve evitar brincadeiras que estimulem a competitividade, como o cabo de guerra ou passatempos que reforcem o instinto de caça, como colocá-lo para perseguir algum objeto.
“Sendo bem treinado e socializado, o pit bull se torna um animal dócil e companheiro como qualquer outro”, aponta.