Segredos e perrengues: confira as curiosidades dos casamentos da realeza
Os casórios reais impressionam pelos protocolos e aparentam ser perfeitos. Ledo engano. Os noivos já passaram poucas e boas. Descubra!
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Com a aura dos contos de princesas, os casamentos da realeza britânica dão muito o que falar. Os enlaces reais se dividem em um conjunto de assuntos. Como os pombinhos se conheceram? Quais os produtos usados pela noiva na maquiagem? Quem estava na lista de convidados? Não basta assistir, os súditos aspiram saber todos os detalhes do matrimônio. O último casório da dinastia comandada pela rainha Elizabeth II ocorreu em julho.
Enquanto a princesa Beatrice selou a união secretamente, os seus primos, príncipes William e Harry, pararam o mundo ao dizerem “sim” a Kate Middleton e Meghan Markle, respectivamente. Pomposas, as cerimônias impressionam pela quantidade de protocolos e parecem ser perfeitos. Ledo engano. Antes de entrar na igreja, os noivos da realeza já enfrentaram inúmeros perrengues, como os “meros mortais”. A seguir, saiba o que rolou nos bastidores dos enlaces dos parentes da rainha.
Rainha Elizabeth
Quando a então princesa Elizabeth e Philip decidiram colocar as alianças no dedo anelar esquerdo, a realeza passava por um período de controle de gastos no período pós-Segunda Guerra Mundial. Para pagar o vestido dos sonhos, a primogênita do rei George VI teve de guardar 200 cupons de racionamento a fim de comprar o material necessário e confeccionar o modelo desenhado pelo estilista Norman Hartnell. Feita em seda marfim, a peça tinha um véu com 4 metros de comprimento.
Imagine o perrengue de Elizabeth ao ver que a tiara escolhida para o dia do casório quebrou? O joalheiro da coroa foi levado às pressas pela escolta policial. O expert reparou o acessório antes da noiva cruzar o corredor da Abadia de Westminster, em 1947. Os pombinhos receberam nada menos que 2,5 mil presentes e 10 mil telegramas com felicitações. Outra curiosidade sobre a união envolve o bolo da recepção. A delícia impressionou pelo tamanho – mais de 2,7 metros de altura. Ou seja, maior que o próprio noivo, o príncipe Philip.
Cheia de segredos, Elizabeth gosta de fazer mistério aos súditos. Na aliança de casamento dela, há uma mensagem escondida, conforme apontou a autora especialista em realeza Ingrid Seward. A escritora contou a intimidade da rainha no livro Príncipe Philip Revelado. Segundo a expert na família real, somente três pessoas já viram a mensagem que está grafada no anel.
Duquesa de Sussex
Mais de um bilhão de pessoas fixaram os olhos na televisão para ver o enlace de Meghan Markle com o príncipe Harry, em maio de 2018. De todas as noivas da realeza, a duquesa de Sussex foi a mais velha. No grande dia, ela tinha 36 anos. Por ter muitas amigas, como Serena Williams, Jessica Mulroney e Misha Nonoo, a então atriz de Hollywood optou por não ter madrinhas. A norte-americana precisou se converter ao anglicanismo, religião oficial da coroa britânica. Batizou-se meses antes do casório.
Princesa Beatrice
Primogênita do príncipe Andrew com Sarah Ferguson, Beatrice se casou com o conde e milionário italiano Edoardo Mapelli Mozzi, em julho. Os matrimônios reais costumam ter alarde, mas os pombinhos fugiram da tradição e foram os primeiros membros da realeza, em mais de 200 anos, a subirem ao altar em segredo. Discretos, eles mantiveram os detalhes em sigilo, mesmo após a cerimônia. Em razão da pandemia, a recepção dos noivos contou com a presença de 20 convidados, incluindo Elizabeth II.
Pensado nos mínimos detalhes, há um “babado” do enlace da integrante da realeza que é um tanto quanto inusitado, e não ocorreu por acaso. Beatrice fez uma homenagem a si mesma. Na nona posição na linha de sucessão ao trono britânico, ela usou um dos vestidos do acervo da avó, a rainha, e como acessório a tiara de diamantes de Mary, primeira mulher soberana da Inglaterra. Juntando, a produção forma o nome completo da princesa, ou seja, Beatrice Elizabeth Mary.
A quebra de protocolos de Beatrice não para por aí. Ao dizer “sim” a Edoardo, ela tornou-se a primeira madrasta da realeza, pois o marido tem um filho de outro relacionamento, o pequeno Christopher – ou “Wolfie”, para os mais íntimos. Atualmente com 5 anos, o menino foi um dos padrinhos do casório. A princesa abriu mão de usar alianças de ouro, tradição seguida à risca pelas noivas reais. A neta de Elizabeth apostou em um design prateado.
Princesa Diana
Os nervos ficam à flor da pele no dia de selar a união – sobretudo a quem pertence à família real, com milhões de espectadores assistindo a cada momento da cerimônia. No momento da troca dos votos, a princesa Diana se embananou toda e trocou a ordem dos nomes do marido. Ela jurou amar “Philip Charles Arthur George”. As duas primeiras alcunhas foram ditas nas posições inversas. Lady Di e o primogênito da rainha Elizabeth II se casaram em 1981.
Qual seria o terror de uma noiva? Dentre os palpites, sujar o vestido possivelmente surgiu entre as respostas. A “tragédia” aconteceu com Diana. Em vez de borrifar perfume nos pulsos, ela derramou no modelito a caminho da cerimônia. Será esse um dos motivos do nervosismo de Lady Di para ter trocado os nomes do príncipe Charles? A respeito do desastre, sabe-se que o maquiador eleito pela mãe de William e Harry mostrou à princesa como segurar a peça a fim de cobrir a mancha.
Um ícone de estilo até os dias atuais, Diana teve a cauda do vestido de noiva mais longa de todas as mulheres da família real que subiram ao altar. Como o desejo da princesa tinha o poder de ordem, os estilistas David e Elizabeth Emanuel trataram de criar uma peça épica, com a cauda medindo 7,5 metros. Nos pés, Lady Di apostou em sapatos com salto baixo, de apenas 5 centímetros de altura. Cobertos por 542 lantejoulas e 132 pérolas, os calçados traziam na sola as iniciais C e D, remetendo a Charles e Diana, respectivamente.
Duquesa de Cambridge
Antes de encontrar o amado no altar, Kate Middleton se produziu da cabeça aos pés. Para realçar os traços do rosto, a duquesa de Cambridge preferiu fazer a própria maquiagem. Ela teve aulas com a profissional Arabella Preston. A princípio, a expert, com o uso dos pincéis, seria a responsável por assinar a beleza da noiva. A então futura mulher do príncipe William mudou de ideia. Falando no noivo, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico não usa aliança. Ele resolveu não seguir a tradição.
No casamento dos duques de Cambridge, em 2011, os príncipes William e Harry usaram protetores contra o suor. A razão? Não transpirarem diante das câmeras dos canais de televisão que cobriam a cerimônia na catedral. Ao focarem nos irmãos, os cinegrafistas “jogavam” também canhões de luz.
Não importa se é enlace da família real ou dos meros súditos, os noivos sempre esperam receber presentes dos convidados. Irmão de Kate, James Middleton deu como mimo aos pombinhos o cocker spaniel Lupo. O pet morreu em novembro, segundo comunicado do palácio.
Em eventos da realeza, a mãe de George, Charlotte e Louis ostenta um acessório nada discreto da princesa Diana: o anel de noivado dado pelo príncipe Charles. A icônica joia de safira e diamante não foi feita sob medida, como de costume. Lady Di escolheu a peça em um catálogo da Garrard, joalheira predileta também da rainha e de Kate Middleton.
Rainha Vitória
A icônica rainha Victória lançou tendência ao selar a união com um vestido de noiva branco. A monarca se casou com o próprio primo, o príncipe Albert de Saxe-Coburgo e Gotha, em 1840. Para subir ao altar, ela optou por um modelito de cetim branco, elaborado por William Dyce, chefe da Royal College of Art. Vale lembrar que a cor remetia ao luto na época. A soberana entrou na nave da Abadia de Westminster com um look de rendas decorado com flores de laranjeira. A peça foi destruída, para não ser copiada por outras mulheres.
Os buquês também carregam segredos da realeza. A tradição começou na cerimônia nupcial da rainha Victória e deverá se estender aos próximos enlaces da família real. A soberana encheu o ramalhete de flores com murta, considerada a erva do amor. Depois, ela plantou o arbusto no jardim da Osborne House, na ilha de Wight. Desde então, as noivas trazem no buquê um ramo da planta.
Certamente os súditos não conhecem o costume de servir bolos de frutas nos casórios da realeza. Quem “instituiu a regra”? Mais uma vez, a rainha Victória. Desde o enlace dela com Albert, são servidas as delícias nas recepções matrimoniais. A tradição é reconhecida como um símbolo de riqueza e prosperidade, enquanto a variedade de ingredientes representa a vastidão do império britânico. Por aqui, deu água na boca!
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