Indicado ao Oscar, Ricardo Stuckert lança exposição em Brasília
O fotógrafo foi convidado pela Embaixada da França para exibir fotos da série Índios Brasileiros na Aliança Francesa
atualizado
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Ricardo Stuckert tem muito o que comemorar. O fotógrafo e sua esposa, Cristina Stuckert, estão se preparando para participar da cerimônia do Oscar 2020, em Los Angeles. Ele foi o diretor de fotografia e de imagens exclusivas do filme Democracia em Vertigem, da diretora Petra Costa. A produção brasileira, exibida pela Netflix, concorre na categoria Melhor Documentário.
Além desse prestígio único, Stuckert foi convidado pela Embaixada da França no Brasil para realizar uma mostra individual de sua série Índios Brasileiros na Aliança Francesa. As fotografias retratam com sensibilidade e precisão a pluralidade dos grupos indígenas do país durante a experiência do artista na Amazônia.
A abertura da exposição ocorreu nessa quinta-feira (23/01/2020), e foi prestigiada pelo embaixador francês Michel Miraillet, que falou sobre a alegria de lançar a mostra sobre a floresta Amazônica e apresentou o fotógrafo.
“Eu me encontrei com o fotógrafo Ricardo Stuckert e achei seu trabalho maravilhoso. Minha assessora de imprensa, Fernanda Isidoro, me comunicou que conhecia bem o profissional. Ela organizou um jantar, no qual falamos sobre seu projeto na Amazônia e ele me mostrou seu catálogo. Fiquei encantado”, lembrou Miraillet.
O embaixador ressaltou que, em seu país, as grandes instituições procuram imagens com o tema meio ambiente para expor. “No Senado, na prefeitura e no Palácio de Luxemburgo, em Paris, isso já aconteceu. Foi nessa linha que organizamos esta exposição na Aliança Francesa”, garantiu.
Índios Brasileiros
Ricardo Stuckert esteve em 1997 com os índios Yanomami, um dos maiores povos indígenas da América do Sul, e ficou fascinado pela beleza, riqueza cultural e história de preservação de costumes e tradições do grupo. Ele passou a percorrer o Brasil em busca desses povos tradicionais e seus hábitos de vida.
Em 2016, ao sobrevoar a Floresta Amazônica, o fotógrafo avistou um grupo identificado como Índios do Maitá. Esses registros ganharam o mundo pelas páginas da National Geographic e o fizeram ganhar prêmios e menções internacionais.
Além das fotos dos índios isolados na selva densa, a exposição apresenta peças igualmente impactantes, como dois retratos de uma índia Yanomami. Passaram- se 17 anos entre as fotos. Quando Stuckert a conheceu, Penha tinha 22 anos e um filho de 2 aninhos. Ao voltar à comunidade Nazaré, no Amazonas, Stuckert reconheceu os mesmos olhos vivos. Ela estava com 39 anos, e havia tido outros quatro filhos.
Confira os cliques da exposição:
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