Não é a primeira vez que a coluna Claudia Meireles avisa aos “navegantes” da Netflix: se ainda não assistiu Bridgerton, corra para dar o play na primeira temporada da série. Quem já maratonou sabe que um dos motivos para o estrondoso sucesso é a química entre os atores, principalmente o casal protagonista. Mas os olhos se voltaram mesmo ao mocinho da trama, interpretado por Regé-Jean Page. Devido à polvorosa envolvendo o seu nome (também temos “culpa” nisso), ele está até cotado para viver o próximo James Bond.

Na série, o galã dá vida ao duque de Hastings, Simon Basset, por vezes chamado de Vossa Graça. O protagonista é o solteiro mais cobiçado da Regência londrina, entretanto, tem pouco interesse em subir ao altar. O pensamento dele muda completamente ao se apaixonar pela jovem donzela Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor). A história amorosa dos dois começa como uma armação para despistar e atrair pretendentes. Sem mais spoilers, saiba detalhes sobre o crush do momento, revelado pela Netflix.

Dos palcos às telas

Com 31 anos, Regé-Jean nasceu em Londres e, depois, foi para o país natal da mãe, o Zimbábue. Aos 14, voltou novamente à capital britânica, onde aflorou o interesse pela atuação. Em 2013, o ator graduou-se no Drama Centre London. Em pouco tempo, engatou carreira artística nos palcos. “Vossa Graça” fez aparições notáveis nas produções teatrais The History Boys e The Merchant of Venice, em que atuou com Jonathan Pryce, em 2015. Hoje, o galã do momento mora em Los Angeles, nos EUA.

Não demorou muito tempo para Regé-Jean ganhar espaço em frente às câmeras. O primeiro papel de destaque foi como o professor Guy Braxton, na série Waterloo Road, da BBC, em 2015. Por incrível que pareça, a intérprete de Daphne Bridgerton também participou do seriado, mas em outra temporada. Em 2016, ele fez o papel de Chicken George, em Raízes, minissérie da televisão norte-americana. Em For the People, drama jurídico com produção de Shonda Rhimes, o britânico deu vida ao personagem Leonard Knox.

Na biografia do ator, constam os filmes: Perseguindo Abbott, de 2015; Máquinas Mortais, de 2018; e Sylvie’s Love, de 2020, estrelado por Tessa Thompson. Recentemente, entrou para a lista a aclamada Bridgerton. A atração tornou-se o quinto maior lançamento da Netflix de todos os tempos. Desde a estreia, em 25 de dezembro, o seriado oscila entre as primeiras posições do top 10 do serviço de streaming. Na terça-feira (12/1), o título ocupou o segundo lugar do ranking das produções mais assistidas no Brasil.

Em entrevista à revista norte-americana InStyle, ele contou o porquê de ter se interessado pela atuação, o que inclui realizar um sonho da infância. Além de explorar o mundo, Regé-Jean aspirava juntar dinheiro para comprar um Game Boy, console da Nintendo. “É sobre explorar, ter a oportunidade de viver em mundos e entender pessoas com quem eu não teria outro motivo para interagir. Um dia posso ser um astronauta, no dia seguinte um presidente e, no próximo, viajar 200 anos no passado. É uma profissão libertadora”, contou.

Do “anonimato” à fama

Em Raízes, o ator despertou a atenção de Betsy Beers, executiva da produtora Shondaland. Ao pensar em possíveis nomes para compor o elenco de Bridgerton, Regé-Jean foi o único que passou pela mente da profissional para “encarnar” nas telinhas o encantador Simon Basset. Recentemente, os rumores de que o artista poderia ser o novo agente 007, James Bond, no cinema, causaram alvoroço na internet. Na suposta lista de candidatos para o personagem, o duque de Hastings ocupa a quarta posição, de acordo com uma casa de apostas.

“A internet acha muitas coisas e essa é uma das mais agradáveis. Estou muito feliz de fazer companhia a outros atores que têm o distintivo”, brincou Regé-Jean em entrevista ao Tonight Show. Ele divide o ranking com Tom Hardy, James Norton e Idris Elba, que ocupam os três primeiros lugares, respectivamente. No domingo (10/1), surgiu mais um burburinho em torno do artista. Começaram as especulações sobre o envolvimento entre Regé-Jean e Phoebe em Bridgerton ter saído das telas para a vida real.

O ator negou o affair com a parceira de cena, em uma entrevista ao Access. “Eu acho tudo o que você precisa saber sobre isso foi filmado na série. Nós só apresentamos esse romance de uma forma bonita para vocês. Todas as faíscas nasceram nos lindos roteiros que entregaram para nós. Acho que o material roteirizado foi mais do que suficiente”, disse o intérprete do duque de Hastings. Criada por Chris Van Dusen, a série é baseada no livro mais vendido da Amazon – O Duque e Eu, de Julia Quinn.

No dia de lançamento de Bridgerton, Regé-Jean colecionava 34 mil seguidores no Instagram. Prevendo que o ator iria arrebatar os corações alheios, sites ficaram de olho no aumento de admiradores – nada secretos – na rede social. Na última sexta-feira (8/1), ele acumulava 1,8 milhão de seguidores. Em cinco dias, o artista por trás do duque de Hastings começou a ser acompanhado por mais de 800 mil perfis. Atualmente, soma 2,6 milhões de seguidores. A primeira foto da conta foi postada em julho de 2017.

Talentos escondidos

Por ser um rosto relativamente novo, as informações a respeito do ator são descobertas em entrevistas recentes e em longas sessões de stalker. Considerado reservado, Regé-Jean Page documenta no Instagram seu amor pela natureza e como mantém a atual forma física. Nas horas vagas, opta por instantes de meditação. Uma das paixões do crush do momento é um bom mergulho no mar, conforme se nota nas diversas postagens na rede social. Futuramente, ele deverá aterrissar no Japão, país considerado o destino dos sonhos.

No colégio, Regé-Jean fez aula de dança e canto, o que leva a uma peculiaridade do ator. Na adolescência, ele chegou a ter uma banda de punk rock com o irmão, Tose. A aventura o fez decidir qual carreira trilhar: “Percebi querer um caminho nas artes, com pessoas e comunidade apoiando”, recordou. Em bate-papo com a revista The Fall, o artista revelou que, à época, pintou as madeixas roxas, verdes e azuis. O primeiro disco que ganhou foi da cantora Tracy Chapman.

O projeto musical dos Page continua a todo vapor. Juntos, criaram o duo Tunya. Em novembro, os irmãos lançaram o single Don’t Wait, que traz o vocal de Regé-Jean. “[A canção] confronta como aprendemos a lidar e a superar o legado imperfeito e a enorme dor que o mundo inevitavelmente joga em todos nós”, escreveram no site da iniciativa. Consciente desde a infância e filho de um casal inter-racial, o britânico é engajado em movimentos como o Black Lives Matter. Ele aspira representar sua comunidade do melhor modo possível.

Regé-Jean fez a seguinte afirmação ao abordar a representatividade de pessoas negras em produções de época: “O que muitas vezes acontece é que voltamos no tempo e só os brancos ficam felizes. Todos nós sabemos sorrir desde o início dos tempos. Todos nos casamos, tivemos romance, glamour e esplendor. Representar isso é extremamente importante, porque o drama de época para pessoas que não são brancas não deve significar apenas destacar traumas”, disse o ator por trás do papel do duque de Hastings.

Abaixo, confira o clipe de Don’t Wait:

Maratonar

Obcecado por Bridgerton? Confira 10 programas para maratonar enquanto espera o anúncio da segunda temporada do seriado da Netflix (na torcida!). Fique vidrado em outros escândalos, romances e fantasias não descritos nas páginas da coluna de Lady Whistledown.

1 – Outlander

2 – The Great

3 – The Spanish Princess

4 – The Cown

5 – Downton Abbey

6 – The Tudors

7 – Harlots

8 – Cable Girls

9 – Dickinson

10 – The Favourite

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