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Cabeleireiro das primeiras-damas dá dicas para quem “detonou” os fios

Tingiu o cabelo e o desfecho foi quase um “desastre”? Bruno Oliver dá conselhos para voltar a ter madeixas invejáveis

atualizado

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@brunooliver.oficial/Reprodução/Instagram
Bruno Oliver, Michelle Bolsonaro e Mayara Noronha
1 de 1 Bruno Oliver, Michelle Bolsonaro e Mayara Noronha - Foto: @brunooliver.oficial/Reprodução/Instagram

Letícia Spiller, Gloria Pires, Ana Furtado, Fernanda Paes Leme e até Sandy, com a ajuda da mãe, Noely, resolveram pintar as madeixas em casa. No entanto, a lista não se resume a personalidades das telinhas e dos palcos. Muitas brasileiras decidiram tingir os fios sozinhas durante a quarentena. O problema é que nem todos os resultados foram dignos de salão de beleza.

Caso faça parte da parcela que tingiu o cabelo sem dispor de cuidados profissionais e o desfecho foi quase um “desastre”, o hair stylist Bruno Oliver conversou com a coluna Claudia Meireles e contou dicas preciosas para voltar a ter fios radiantes. Mas, antes de revelar os truques, o fundador do conceituado Oliver Salon puxa a orelha de quem praticou a descoloração caseira.

Na avaliação do cabeleireiro, o procedimento pode causar danos irreparáveis. “Produtos químicos usados de maneira inadequada provocam lesões no couro cabeludo”, ressalta o profissional das primeiras-damas Michelle Bolsonaro e Mayara Noronha Rocha.

“Política à parte, me sinto honrado em ter a oportunidade cuidar dos cabelos delas”, sustenta o hair stylist, que costuma visitar com frequência o Palácio da Alvorada. Com todo problema tem uma solução, confira abaixo os truques e conselhos de Bruno para conquistar madeixas invejáveis pós-procedimento em casa.

Michelle Bolsonaro e Bruno Oliver
O profissional atende a primeira-dama Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada
Maior erro

Caso se sinta culpada por algum equívoco na hora de ter pintado as madeixas, Bruno Oliver traz uma mensagem de alento: “Na maioria das vezes, o erro não é da cliente”. Ele aconselha não se deixar levar pela embalagem das tinturas. As marcas vendem a promessa de conquistar o cabelo que estampa a caixa, mas a realidade é outra, pois cada pessoa tem uma coloração própria.

O cabeleireiro explica que, no salão, há todo um processo profissional para definir a tonalidade adequada: “O colorista usa o círculo cromático que ajudará a saber o que neutraliza o laranja e o vermelho, além de descobrir qual tom o cabelo pode chegar sendo apenas colorido ou se há a necessidade de descolorir”.

Adeus aspecto laranja ou vermelho

Segundo Bruno, o macete para amenizar o tom laranja ou vermelho das madeixas é o xampu Silver, conhecido pela fórmula roxa. “O produto ajuda a neutralizar as tonalidades que ficam após erros de clareamento em casa”, garante. Nas situações em que os fios estão com um laranja mais escuro, a solução é ir ao salão (quando puder) para retirar, descolorir ou escurecer os fios. O cabeleireiro é quem analisará qual o procedimento apropriado.

Nem mechas nem platinado

Ciente dos danos, o profissional não sugere que as mulheres façam mechas claras ou platinem a cabeleira em casa por conta do risco de degradar a fibra capilar. A maior perda é do lipídio 18-MEA, considerado o mais consistente do cabelo. “O fio sofre consequências surreais”, ressalta Bruno.

Se, ao longo da quarentena, fez algum dos procedimentos e o cabelo ficou danificado, a receita para melhorar o aspecto das madeixas está no cronograma de hidratação, reconstrução e nutrição por meio de óleos capilares. Bruno recomenda usar o Oil Reflections, da Wella, especialmente antes de dormir. Seguindo o tratamento diário com o produto, os lipídios são devolvidos aos fios, contribuindo para a recuperação da forma, saúde e força.

O hair stylist frisa sobre a importância da mulher exigir ao profissional o teste de mecha antes de fazer procedimentos com tintura de cores claras. Ele reforça que o cuidado deve ser redobrado se decidir clarear novamente os fios.

“Quando se chega em um tom muito claro, o fio fica fraco e sensível por degradar a fibra capilar. Se for direto para as mechas sem fazer testes, pode haver surpresas e danos. É necessário saber se o cabelo está preparado para um novo processo de descoloração”, orienta.

Tempo

Após não aprovar a transformação, as “mãos” coçam para pintar novamente as madeixas. Bruno explica que se foi escolhido um tom mais claro que o natural, é fácil de resolver. Agora, caso contrário, terá de ir ao salão para fazer a limpeza de cor e retirar a pigmentação artificial. O procedimento deve ser realizado devido uma regra da colorimetria:

“Tinta não clareia tinta. Clareia um cabelo natural, que não foi pintado. Não clareia fios que foram coloridos artificialmente de modo mais escuro. Se pensa em pintar mais claro em casa, não vai conseguir. Agora, escurecer, vai dar conta. Vale lembrar de nivelar a nova cor com a raiz natural”, instrui.

Ainda não pintei, mas quero!

O hair stylist aconselha a fazer procedimentos sutis quando for colorir a raiz do cabelo ou dar adeus aos fios brancos. Bruno recomenda colorações semi-permanentes, isto é, produtos que agem na superfície do fio, proporcionando um realce na tonalidade natural das madeixas. De acordo com o profissional, investir no cosmético reduz o risco de erros caseiros e, se houver, fica mais fácil do colorista corrigir a pigmentação em relação à tintura.

Bruno pede atenção ao escolher uma tintura. Vale optar por tons mais claros e a partir do número 5. Segundo o cabeleireiro, abaixo do número são colorações bastante escuras. Só podem ser usadas se forem “exatamente iguais ao cabelo natural”. “Fica muito difícil um profissional tirar a pigmentação escura artificial”, pondera.

Tchau, fios brancos

Embora a quarentena tenha dado pontapé a tendência de assumir o cabelo grisalho, nem todas as mulheres gostam de “desfilar” com os fios brancos. A quem costumava retocar a raiz a cada 15 dias, Bruno tem uma dica de ouro: os sprays de coloração. “É como se fosse uma maquiagem. O produto vai maquiar os cabelos brancos até a desejada ida ao salão”, frisa.

Com um leque de opções, o cabeleireiro indica a fórmula o Magic Color, da L’Oréal. A clientela dele já testou, aprovou e adotou o produto como queridinho, principalmente por prolongar o período do retoque da raiz: “Elas acharam sensacional. Se recorriam ao salão a cada 15 dias, por conta desse paliativo, o tempo dobrou para 30, 40 dias”.

Hidratação

Bruno recomenda uma nutrição noturna para devolver os lipídios ao cabelo, em especial, aos quimicamente tratados de coloração, mechas ou descoloração. As madeixas virgens ficam mais ressecadas durante o inverno, tendo como resultado o frizz. A receita também contribui à beleza desses fios, deixando-os mais macios e com volume controlado.

Na internet, é comum encontrar tratamentos para os fios com óleos utilizados em preparos na cozinha. O profissional aconselha comprar um produto capilar. Dentre as fórmulas sugeridas por ele, estão Luxe Oil, Oil Reflections, e Oil Sp, ambos da Wella.

Ele indica aplicar de cinco a dez pumps it do óleo, a depender do comprimento e volume do cabelo. Os fios devem estar secos para fazer a umectação total com o produto. Em seguida, molhar uma toalha e tirar todo o excesso de água para poder colocá-la no micro-ondas por 1 minuto. Depois, fazer um coque com as madeixas e cobrir a cabeça com a toalha. Por cima, Bruno aconselha pôr uma touca plástica.

“O vapor ajudará a dilatar a cutícula do cabelo e potencializará a entrada dos nutrientes do óleo dentro do fio de cabelo”, garante o profissional. A ideia é colocar a receita em prática antes de dormir, pois é necessário ficar com o coque e produto durante a madrugada. Depois de cinco a 10 minutos, assim que a toalha tiver fria, pode retirá-la. As madeixas só serão lavadas normalmente no dia seguinte. É preciso aplicar um pump it da fórmula nas pontas. “Uma máscara imediata e revigorante”, sustenta.

Abertura

Proprietário do Oliver Salon, Bruno não vê a hora de abrir o espaço, situado no Sudoeste. O local teve as atividades suspensas em março após decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Mais de 100 dias se passaram e o endereço de beleza voltará a funcionar nesta terça-feira (07/07). Para adaptar-se aos protocolos de segurança exigidos, o salão terá divisórias de acrílico nos lavatórios, além de seguir outras medidas de biossegurança.

Nesta quarta-feira (1/7), o cabeleireiro anunciou o novo serviço do salão, o Oliver em Casa. Cinco profissionais da equipe (testados negativos para a Covid-19) vão atender a clientela no conforto do lar. Eles estão munidos de máscara, viseira, termômetro, avental, luvas, sapatilhas descartáveis (propés) para garantir a própria segurança e de quem solicitou o tratamento de beleza.

@brunooliver.oficial/Reprodução/Instagram
O profissional é um dos mais renomados e requisitados da capital

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