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“As pessoas não vão parar de celebrar”, diz Renata La Porta sobre eventos

A banqueteira contou sua perspectiva sobre a retomada dos eventos na capital e quais mudanças o setor de eventos sofrerá

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Hugo Barreto/Metrópoles
Renata La Porta
1 de 1 Renata La Porta - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Certamente, o ramo dos eventos foi um dos mais afetados pela pandemia de coronavírus. Empresários da área lutam diariamente para se reinventar e manter os negócios ativos, além de proporcionar experiências memoráveis aos clientes. Para Renata La Porta, presidente da Associação de Buffets do Distrito Federal (ABDF), a volta desse tipo de serviço na capital tem sido muito discutida no mercado, mesmo com o decreto de liberação divulgado pelo GDF em 15 de julho.

À coluna Claudia Meireles, ela explica: fatores que envolvem a questão de saúde pública, como o desenvolvimento e distribuição de vacinas, ditarão como os atividades sociais ocorrerão a curto, médio e longo prazo.

“A nossa expectativa é de que grandes eventos, como congressos e shows, só aconteçam em 2021”, diz a banqueteira. Ela ainda afirma que os encontros que já estão ocorrendo são reduzidos em tamanho. Muitas empresas e famílias também estão privilegiando os eventos on-line. Além disso, devido à falta de trilha sonora e de música em certos casos, os encontros têm sido mais rápidos e curtos.

taças de champanhe em mesa
Para Renata La Porta, a expectativa é de que grandes eventos, como congressos e shows, só aconteçam em 2021

Por outro lado, Renata observa que, após a crise ocasionada pelo novo coronavírus, há uma maior valorização da vida humana. “As pessoas começaram a prestar ainda mais atenção na nossa brevidade. Elas estão com muita vontade de celebrar, principalmente as que passaram por situações muito difíceis por saúde ou por questões financeiras”, ressalta.

Contudo, a forma como o indivíduo se comporta mudou. Isso acarretará na realização dos eventos mesmo com o fim da pandemia?  Renata La Porta acredita que sim. “É muito difícil passar por um desafio tão grande e sair do outro lado igual. Nós estamos observando o comportamento das pessoas para ver como isso vai impactar, na prática, a realização de eventos”, justifica.

A única certeza que tenho é que as pessoas não vão parar de celebrar.

Renata La Porta
casal de noivos caminha entre pessoas
O comportamento das pessoas tem sido estudado pelos profissionais da área de eventos para possíveis adaptações

“Na própria pandemia, nós tivemos tantas ideias bacanas e criativas de se fazer presente na vida de quem amamos, por meio de mimos, de gostosuras, festas on-line, encontros virtuais, lives... O ser humano ama se relacionar”, defende a presidente da associação.

União faz a força

Quando o novo coronavírus chegou ao Brasil, a ABDF já estava formada e unida. De acordo com a banqueteira, a existência do grupo foi fundamental para a troca de informações. “O que mais fizemos foi tomar a decisão no momento de gerir a crise. A associação evitou prejuízos e erros para muitas empresas, sem falar no apoio psicológico aos empresários. Saber que tem gente no mesmo barco, com os mesmos desafios, é muito acalentador”, pondera.

A ABDF criou um protocolo com o intuito de oferecer segurança para o anfitrião e seus convidados, afinal, “um momento de celebrar tem que vir com leveza e tranquilidade.”

Conforme o Metrópoles noticiou em julho, o regulamento constitui de novas ações e medidas de higiene e segurança. O número de convidados, por exemplo, é limitado a 50% da capacidade do espaço do evento, que só pode ser privado, sem a necessidade de alvará. As mesas devem ter distanciamento de dois metros.

Cuidados como a testagem das equipes; uso de máscaras e face-shields; procedimentos de desinfecção; mudanças na forma de servir, como o uso de pinças; e guardanapos e talheres embalados individualmente também foram acrescentados ao projeto.

Canapés, petiscos e entradas só podem ser oferecidos em porções individuais. Garçons, assim como todos os demais funcionários e prestadores de serviço, só podem circular com máscaras, trocadas a cada duas horas. As áreas de serviço serão limpas e sanitizadas de acordo com a RDC 216 e as medidas de controle de expansão à Covid-19.

buffet
A ABDF criou um protocolo com o intuito de oferecer segurança para o anfitrião e seus convidados

Criada em 2019, a ABDF estima que as empresas do setor de gastronomia perderam R$ 850 milhões em faturamento este ano. Entre os buffets associados. o prejuízo estimado é de R$ 50 milhões, com o cancelamento de aproximadamente 200 eventos. De acordo com Renata La Porta, mais de 3.000 eventos deixaram de ser contratados em 2020, enquanto 280 foram adiados para o próximo ano.

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

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