Em pancadaria virtual no Twitter, Weintraub culpa “antessessores”
O novo erro de português – escreve-se antecessores – levou a duras críticas e ironias ferinas nas redes sociais contra o ministro
atualizado
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi à sua arena preferida, o Twitter, na noite de sexta-feira (13/12/2019) e na madrugada deste sábado (14/12/2019) trocar sopapos virtuais com militantes de direita inconformados com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com o rompimento do contrato que permitia o funcionamento da TV Escola.
No meio da pancadaria com uma militante que foi dispensada do MEC por ele quando assumiu no lugar de Ricardo Vélez Rodríguez, Weintraub foi tentar culpar ministros de gestões anteriores e tropeçou gravemente (mais uma vez) na língua portuguesa:
“Agora, lido com compromissos de antessessores e tento mitigar os impactos através de programas como Literacia Familiar do professor Nadalim”. Depois de ser ironizado fortemente pelo erro – escreve-se antecessores, com “c”, depois “ss” –, ele apagou o tuíte (que, no entanto, já havia sido printado por muitos internautas) e publicou outro, sem a palavra.
Não escapou da ironia da própria ex-funcionária do ministério. Bruna Luiza, que se define no Twitter como “cristã, olavette, conservadora”, tripudiou:
Vamos lá, então: antecessores é com C e depois SS. Se alfabetize.
A BNCC foi homologada em 2018, pelo Mendonça Filho, e eu nada tive a ver com isso.
Por fim, você abriu o MEC para os globalistas, para as fundações do Soros. Agora assuma as consequências do que fez. https://t.co/yyEnP1kkGM
— Bruna Luiza (@Brubas) December 14, 2019
O erro entra em uma longa lista de mancadas gramaticais (e puras gafes) cometidas pelo responsável pela área da educação no país desde abril, quando assumiu o ministério. O último erro se soma a um rol que vai de confundir o escritor Franz Kafka com a iguaria “kafta” a escrever “paralização“, assim, com “z”, em pedido oficial ao Ministério da Economia de liberação de recursos.
Houve outros casos: “Haviam emendas”, “insitaria” e “descente”, cujas formas corretas seriam: havia emendas, incitaria e decente.
Weintraub, que apareceu no Twitter sem a barba que usava desde que assumiu o comando do MEC e acaba de entrar em férias, enfrenta rumores insistentes de que será demitido no começo de 2020.