Ciro participa de audiência pública da OAB sobre privatizações
A ex-senadora Ana Amélia Lemos e o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fernando Nogueira também participam da conversa
atualizado
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Com o anúncio recente de desejo de privatização de 17 estatais pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu convocar uma audiência pública sobre o assunto para esta quarta-feira (27/08/2019), com a presença do ex-ministro e presidenciável na última eleição Ciro Gomes.
Do outro lado, participará a ex-senadora Ana Amélia Lemos (PP), que concorreu à vice-presidência da chapa do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). O ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fernando Nogueira também foi convidado para o debate. De acordo com a assessoria do órgão, o objetivo é discutir objetivos, modelagens e consequências jurídicas do plano de privatizações.
O encontro é organizado pela Comissão de Advocacia em Estatais (CEAE-OAB). Segundo o presidente do grupo, Carlos Alberto Regueira, o foco da conversa será a atual política promovida pelo governo federal. A audiência será realizada na sede do Conselho Federal, em Brasília, às 9h30.
Ciro tem dirigido duras críticas à postura de Jair Bolsonaro (PSL) e do governo federal, principalmente sobre a questão da Amazônia. Na semana passada, o ex-chefe da Fazenda e ex-governador do Ceará chamou o presidente de “canalha” ao insinuar culpa de organizações não governamentais (ONGs) pelo aumento do desmatamento e pela onda de recentes queimadas no país.
“Lamento dizer do presidente do meu país que ele é um irresponsável mentiroso”, afirmou. Gomes também ressaltou que Bolsonaro fez cortes nas verbas de fiscalização, autorizou 500 novos desmatamentos e não fez um gesto sequer para empoderar as estruturas de comando e controle sobre a Amazônia. “O mundo inteiro sabe disso”, atacou.
Além disso, ele foi um dos principais nomes do PDT a defender a saída espontânea de parlamentares do partido que votaram a favor da reforma da Previdência. Para ele, tal ação seria “mais digna” do que esperar por uma eventual expulsão.