Xuxa fala sobre “monstros” do passado: “Me usaram e roubaram”
A apresentadora contou que usa a quarentena para produzir novos projetos, inclusive um livro sobre suas principais memórias da carreira
atualizado
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Rainha dos Baixinhos, Xuxa revelou em entrevista ao jornal Extra que, mesmo em isolamento social por conta do coronavírus, mantém uma rotina agitada com novos projetos, como um livro de memórias, livros infantis, negocia um filme sobre sua vida e uma série documental sobre a última turnê como cantora. Ela ainda falou sobre os “monstros” de seu passado.
“Quando olho para o passado, vejo coisas incríveis e algumas truncadas: pessoas que me enganaram, usaram, roubaram e, às vezes, mexer nisso dói. Foram muitas. Me cobro por ter acreditado muito nos outros. E parece que não aprendo. Vivo deixando, criando monstrinhos que querem falar por mim, viver minha vida ou mesmo achar que são as pessoas mais importantes no meu trabalho.
Ela contou também como está enfrentando a pandemia. “Eu sempre trabalhei muito e ficar em casa é bom, gostoso, mas eu preciso mexer minha cabeça, senão piro”, disse Xuxa.
A apresentadora de 57 anos comentou ainda sobre as críticas que recebe, principalmente quando o assunto é beleza: “Põe chato nisso! E tem outra palavra mais forte… (risos). Às vezes, tenho vontade de mandar todo mundo passear. Mas respiro fundo e penso: ‘Falo ou não falo?’. Não falo”.
Xuxa garantiu à reportagem que não faz terapia e tem vontade de viajar pelo mundo com um mochila nas costas ao lado de Junno Andrade, seu marido.
Livros
A notícia de que Xuxa escreveria um livro infantil com temática LGBTQ+ viralizou nas redes sociais e foi tema de polêmica. A apresentadora contará a história de Maia, uma menina “arco-íris” que tem duas mães.
“Vou falar de uma criança que quer tanto ser amada que Deus lhe dá duas mães. Acredito que a única linguagem que Deus entende é a do amor e, se as pessoas me criticarem por isso, é porque o Deus delas não é amor. O meu não é preconceituoso, não tem cor, tamanho, sexo ou conta bancária. O mais lindo mandamento diz: ‘Amai o próximo como a ti mesmo’. Não é ‘amai o próximo de outro sexo'”, disse ao Extra.
Já quanto ao seu livro de memórias, a artista falou que prefere “não olhar para trás”. Ela ainda comentou sobre pessoas que a magoaram.
“Quando olho para o passado, vejo coisas incríveis e algumas truncadas: pessoas que me enganaram, usaram, roubaram e, às vezes, mexer nisso dói. Foram muitas. Me cobro por ter acreditado muito nos outros. E parece que não aprendo. Vivo deixando, criando monstrinhos que querem falar por mim, viver minha vida ou mesmo achar que são as pessoas mais importantes no meu trabalho”, pondera.
“O nascimento da Sasha, histórias com minha mãe, minha infância… Amores passados passaram. O mais importante é o que vivo hoje. Mas, sim, terão as linhas, porque fizeram parte da minha história”, promete Xuxa.