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Venezuelano, Édgar Ramírez não pode ir ao país por ser “contra Maduro”

O ator Édgar Ramírez revelou, em entrevista a Variety, que está 7 anos sem ir ao país natal por ser contra Maduro

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Édgar Ramírez com a bandeira da Venezuela - Metrópoles
1 de 1 Édgar Ramírez com a bandeira da Venezuela - Metrópoles - Foto: Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic

Há cerca de sete anos que o ator Édgar Ramírez não viaja para o país natal, a Venezuela. O motivo é a oposição do artista ao atual governo do presidente reeleito, Nicolás Maduro. 

Após posar com uma bandeira venezuelana, no tapete vermelho da estreia de Borderlands, o ator disse que se sente como um “zumbi emocional” com a situação. “Eu não posso porque sou vocal contra Maduro e o governo”, afirmou a revista Variety.

“Isso dói. A punição capital para os antigos gregos não era a morte — era o exílio. Você se torna um zumbi emocional de certa forma. A dor de ter que deixar seu país não porque você quer, mas porque é forçado a fazê-lo. É por isso que a questão da imigração é tão delicada, porque ninguém — ninguém! — quer deixar seu lar. Você quer ver o mundo, mas ninguém quer deixar o mundo que conhece”, afirmou.

A fala de Édgar vem após protestos na Venezuela contra a declaração de vitória de Nicolás Maduro a presidencia. A oposição do atual presidente acusam o político de tentar roubar a eleição, insistindo que o oponente, Edmundo González Urrutia, ganhou o voto popular por uma ampla margem.

Maduro diz que opositores deveriam estar “atrás das grades”

O presidente reeleito na Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os líderes da oposição, María Corina Machado e Edmundo González, de incentivarem atos violentos no país e disse que os dois deveriam estar “atrás das grades”. A fala do líder chavista aconteceu durante uma coletiva de imprensa com jornalistas internacionais, nesta quarta-feira (31/7).

“Essas pessoas têm que estar atrás das grades; e tem que haver Justiça”, declarou Maduro.

Sem apresentar provas, Maduro disse que os dois líderes da oposição têm “as mãos manchadas de sangue” por supostamente estarem por trás dos protestos que explodiram na Venezuela desde a sua reeleição. Os atos contestam a vitória do herdeiro político de Hugo Chávez no pleito, ainda cercado de dúvidas.

Até o momento, as manifestações contra o regime chavista já deixou 16 pessoas mortas, além de vários feridos e presos.

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