Vanessa da Mata fala sobre adoção dos filhos e critica legislação
Há 15 anos, a cantora Vanessa da Mata adotou os jovens Felipe, Micael e Bianca. Ela comentou sobre as dificuldades durante o processo
atualizado
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Vanessa da Mata aproveitou as redes sociais para relembrar a adoção dos três filhos, Felipe, Micael e Bianca, de 22, 20 e 19 anos, respectivamente. A cantora contou as dificuldades no processo de adoção e comentou sobre os desafios que seus herdeiros precisaram enfrentar.
“Hoje faz 15 anos que eu me tornei mãe de trigêmeos, simbolicamente e totalmente, porque chegaram três irmãos no meu coração juntos, no Dia das Mães. O que é que eu posso dizer disso? Dentre os desafios da adoção, dentre as delícias da adoção, é o amor da adoção, a transformação que gera nas crianças, nos pais. Esse reconciliar de mundos, esse se encontrar no outro, essa simbiose que acontece e que a sensação que dá é que você não tem mais um buraco”, declarou.
Vanessa aproveitou o Dia das Mães, comemorado no último domingo (12/5), para falar sobre as falhas no processo de adoção. “A quantidade de negligência da adoção no Brasil, que usa a coisa de proteger as crianças e entra numa burocracia infernal. E essa criança acaba se vendo crescendo nos abrigos até ter uma idade onde as pessoas não se interessam mais por ela. Muito triste”, pontuou.
Ela falou sobre uma negligência dos abrigos. “Ela vai da deseducação até os abusos físicos, mentais e os traumas que geram são enormes. Não existe apoio psicológico, não existe um apoio na escola, esses abandonos geram falta de memória, porque a memória, ela não pode se lembrar de tantas coisas ruins”, relatou.
“Então ela como própria proteção, ela sonha. Isso para aprendizado é muito difícil. As crianças maiores abusam das menores. São pouquíssimas pessoas que têm um abrigo que realmente fazem um trabalho maravilhoso e essas são lindas de viver. Mas os abrigos em geral são um caos pra essas crianças”, disse.
A cantora explicou que as crianças acabam indo para as ruas. “Elas não são preparadas para um emprego, elas têm muitas dificuldades. A falta de apoio psicológico também gera uma intensidade de características de não-socialização, de se sentir inferior, os traumas, porque desde a escola essas crianças sofrem bullying e sem consequência. Porque as outras crianças sabem que elas não têm pai, elas não têm família, não têm mãe, então ninguém vai ali reclamar e tentar defendê-las. Isso é inacreditável”, criticou.
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