“Única arma contra o destino é a educação”, diz Juliette no Encontro
A vencedora do Big Brother Brasil 21 participou do programa de Fátima Bernardes nesta sexta-feira (2/7)
atualizado
Compartilhar notícia
Juliette Freire foi a convidada do Encontro com Fátima Bernardes na manhã desta sexta-feira (2/7). A vencedora do Big Brother Brasil 21 divulgou o documentário Você Nunca Esteve Sozinha, que retrata sua trajetória pessoal, lançado recentemente no Globoplay.
Durante a conversa com a apresentadora da atração matinal da Globo, Juliette falou sobre a importância da educação em sua carreira como advogada e maquiadora.
“Eu fico muito emocionada. A educação é o mínimo que a gente tem que ter para lutar em busca da nossa dignidade”, começou a ex-BBB.
“A minha avó não foi alfabetizada, só quando era idosa. Minha mãe sabe escrever o nome dela com dificuldade. Esse é o retrato do nosso Brasil. Olha a quantidade de analfabetos! Minha gente, essas são as ferramentas que temos para enfrentar o mundo”, desabafou.
“Sem comida e sem educação a gente não sai do lugar. Eu percebi isso muito cedo. Eu vi o retrato da minha família, da minha mãe, da minha avó e a única arma que eu tinha contra o destino, contra a circunstância, era a educação. Eu não tinha mais nada”, destacou.
Que inspiração, meu povo! 👏 @juliette só me dá orgulho! 💚 JULIETTE NO ENCONTRO pic.twitter.com/uIpI9TjFuO
— globoplay 🌵 (@globoplay) July 2, 2021
Fátima questionou quando foi que essa “chavinha virou” na vida de Juliette, considerando que, no documentário, é revelado que ela era uma aluna levada: era suspensa, levava advertências e dava trabalho.
“Você tem que atribuir responsabilidades e consequências. A minha mãe nunca pegou na minha mão, nem meu pai, e me ensinou uma tarefinha. Ela simplesmente dizia assim: ‘Minha filha é o único jeito que você tem, ou você estuda ou vai cortar cabelo pelo resto da vida como eu’. O que não é ruim, mas ela trabalhava muito, é muito sacrificante”, contou Juliette.
“Eu pensei: ‘se é a única coisa que eu tenho, eu vou fazer isso muito bem’. Com toda dificuldade de escola pública, com a dificuldade de estar bem para ir [pois ajudava a mãe no trabalho] estudar, tudo isso… mas era a única saída. A coisa que mais me dói é ver as pessoas sem a oportunidade de escolha”, considerou.